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Carlesse diz que só volta ao Tocantins, após liberação médica

Comissão de impeachment marca reunião para discutir cronograma de trabalho

Foto: Esequias Araújo/Governo do Tocantins
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Governador do Tocantins afastado. Mauro Carlesse (PSL)

13 dezembro, 2021

Uma nova reunião da Comissão Especial de impeachment será realizada na terça-feira (14/12), na Assembleia Legislativa do Tocantins, para discutir o cronograma de trabalhos. O governador afastado Mauro Carlesse (PSL) ainda não foi encontrado pela AL para ser notificado sobre o processo. No fim da manhã desta segunda-feira (13), o advogado dele protocolou documento informando que o cliente esteve internado em São Paulo, necessita de "repouso absoluto" e retornará ao estado quando tiver "licença médica". Durante o fim de semana Mauro Carlesse foi internado em um hospital após sentir dores no peito, mas a localização não foi informada pelos advogados ou pela assessoria de comunicação. O g1 questionou o advogado e a assessoria de comunicação do governador afastado sobre quando ele vai se apresentar para receber a notificação, mas não houve reposta até a publicação desta reportagem.


Dificuldade para notificar Carlesse pode travar andamento do processo de impeachment

O documento protocolado pelo advogado na Assembleia Legislativa afirma que Carlesse esteve em São Paulo (SP). "Declara também que no último sábado, dia 11.12.21, esteve hospitalizado em São Paulo (SP), quando foi detectado problema cardiovascular, necessitando de repouso absoluto. Com isso, em respeito aos parlamentares desta Casa de Leis e seu regimento interno, informa que assim que conseguir licença médica regressará ao Estado do Tocantins", diz o documento assinado por Juvenal Kayber Coelho.

Cronograma de trabalho

A comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment foi instalada na última quinta-feira (9). Desde então foram feitas seis tentativas de notificar Carlesse nos endereços dele no estado. A dificuldade em encontrá-lo tem travado o andamento do processo, pois a notificação precisa ser entregue pessoalmente. Na terça-feira (14/12) os deputados vão se reunir no plenarinho da Assembleia, durante a tarde, para discutir o cronograma de trabalho da comissão. O entendimento é de que os parlamentares não podem realizar atos deliberativos antes da notificação de Carlesse, mas isso não impediria que fizessem outros trabalhos internos como a análise de documentos e provas, por exemplo. Segundo a Assembleia, o cronograma deverá ser deliberado e aprovado pelos membros da comissão, mas isso só deve acontecer após o prazo de defesa de Carlesse, que só começa a contar após a notificação.

Quais as acusações?

O pedido de impeachment é baseado nos inquéritos que levaram ao afastamento do governador pelo Superior Tribunal de Justiça. Carlesse é considerado suspeito em duas operações da Polícia Federal que ocorreram simultaneamente. Uma delas é para a apuração de um suposto esquema de propinas relacionado ao plano de saúde dos servidores públicos, na época chamado de PlanSaúde. A segunda operação investiga suposta interferência do governador em investigações da Polícia Civil que poderiam prejudicar aliados e o próprio governo. No dia em que o processo teve início, na última terça-feira (7/12), a defesa de Carlesse emitiu nota dizendo que a abertura era um ato apressado e impensado.

Da Redação

O que não dá pra ninguém entender é o fato da Comissão Especial de impeachment da Aleto não citar o governador afastado do Tocantins Mauro Carlesse através de "Edital de Convocação" publicado no  Diário Oficial da Assembleia Legislativa do Tocantins. O site procurou o presidente da Comissão deputado estadual Elenil da Penha (MDB) em seu gabinete na Aleto  mas não encontrou o Parlamentar. A assessoria do deputado Elenil da Penha também não auxiliou o jornalista Raimundo Lira  edidor geral do site na checagem dos  fatos. Enquanto isto, Carlesse continua por ai bricando de esconde-esconde e   fazendo muita gente de trouxa no Tocantins - mais uma vez!