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Mulher

Brasilina Batista Lira: uma mulher que superou o seu tempo!

Mãe Velha, a parteira que fez mais de 1.500 partos e ainda cuidava de adultos e de crianças carentes

Foto: Álbum de família
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Dona Brasilina Batista Lira " Mãe Velha"

04 setembro, 2020

Por Raimundo Lira

Dia  de 8 de Março é comemorado no Brasil  e  no mundo “ O Dia Internacional da Mulher”. Em 1975, o dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional da Mulher, pela Organizações das Nações Unidas (ONU)  - justa homenagem. Dona Brasilina Batista Lira “Mãe Velha”, goiana / Tocantinense, negra,  analfabeta e doutora em assistência social honroso título concedido  pela faculdade da Misericórdia  e da sabedoria Divina -  merece ser lembrada;  Ela conseguiu  até ensinar médicos fazerem  partos, em Porto Nacional (TO). Moradora da região do Balsa Mineiro município de Porto Nacional (TO)  hoje  Gameleira município de Silvanópolis (TO),  Mãe Velha,  atendia dezenas de mulheres da região,  que precisavam de uma parteira   para fazer seus partos. Dona Brasilina com seu tradicional  “ paninho  branco “ amarrado na cabeça,  viajava a pé pelas noites frias e madrugada a dentro, subia e descia  ladeiras mas, na hora exata ela se fazia presente, para atender estas parturientes – ofício que Mãe Velha,  fazia com amor,  muito carinho, determinação e sabedoria. Em Porto Nacional, a casa de dona Brasilina vivia sempre lotada de mulheres que não tinham onde ganhar neném; lá,  sempre cabia mais uma mulher,  seu filho ou filha.  Companheira histórica do consagrado médico portuense  e ex-prefeito Dr. Euvaldo Thomaz de Souza,   dona Brasilina  foi credenciada pela então  Organização de Saúde do Estado de Goiás (OSEGO) e ali naquele centro de saúde pública, a parteira Mãe Velha atendeu diversas mulheres e fazia seus  partos; nenhuma  mulher ou uma criança recém nascida, morreram nas mãos sagradas de dona Brasilina Batista Lira. Existem filhos biológicos, filhos de leite  e filhos adotivos espalhados pelos Brasil inteiro de dona Brasilina Batista Lira. Mãe Velha,   teve sua atividade de " Parteira" escolhida  como tese   de doutorado da professora  Edith Lotufo de Freigericht Hessen (Alemanha) – verdadeiro reconhecimento do trabalho social, desenvolvido durante  décadas pelas mãos sagradas de dona Brasilina Batista Lira. " Mãe Velha"   faleceu em 20 de dezembro de 1992, em Porto Nacional (TO). 

Raimundo B.  Lira é jornalista, Internacionalista e filho de dona Brasilina Batista Lira