William Bonner criticou diretamente o secretário especial da cultura, Mario Frias, durante o "Jornal Nacional". O jornalista se revoltou com o gasto de R$39 mil de Frias ao fazer uma viagem aos Estados Unidos visitar um apoiador do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). De acordo com dados que podem ser consultados no Portal da Transparência, a viagem foi classificada como urgente, e aconteceu para que Frias discutisse um projeto audiovisual com o lutador de jiu-jitsu brasileiro Renzo Gracie. "Ainda não entendemos o motivo dessa urgência, nem por que a reunião não foi online, como o planeta inteiro começou a fazer na pandemia", debochou Bonner. Colocado em contexto, o gasto de Frias fica ainda mais difícil de compreender: na última terça-feira (3), o governo oficializou uma mudança na lei de incentivos fiscais a artistas, colocando o limite de cachês pela Lei Rouanet a R$3.000. A diminuição é de mais de 95% no cachê que era permitido de acordo com as leis anteriores de fomento, que permitiam cachês de R$45 mil. De acordo com o Portal da Transparência, Mario Frias gastou R$26 mil só em passagens aéreas, além de outros gastos diários de alimentação e transporte.
Viagem
Mario Frias, secretário epecial de Cultura do governo federal, fez uma viagem oficial a Nova York entre os dias 15 e 18 de dezembro de 2021 que custou R$ 39 mil aos cofres públicos. De acordo com o Portal da Transparência, o secretário viajou aos Estados Unidos para participar da discussão de um projeto de audiovisual com o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie. As informações foram publicadas inicialmente pelo blog do Lauro Jardim, no jornal O Globo. Ainda segundo o Portal da Transparência, o lutador convidou Frias para apresentar um “projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte".