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Opinião

Após tempestade de corrupção, nova UEG oferece 2.395 vagas remanescentes sem taxa de inscrição

A nova gestão, que está agindo com celeridade, permitiu devolver a instituição aos estudantes. 2.395 vagas estão sendo ofertadas para graduações espalhadas por todo o Estado

Foto: POPTVNEWS
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O governador Ronaldo Caiado revoluciona e vai deixando sua marca, abrindo a cada dia um novo caminho para o futuro.

30 julho, 2020

Por Silvana Marta

A Velha Universidade Estadual de Goiás (UEG) de Marconi Perillo bateu recorde de escândalos de desvio de dinheiro e condenações criminais, como jamais houve em toda a história de Goiás. Em 2019, dois ex-reitores da UEG , José Izecias e Luiz Antônio Arantes, além do ex-Defensor Geral do Estado de Goiás José Brzezinski, foram condenados de 6 a 7 anos de reclusão em regime semi-aberto pela juíza Bianca Melo Cintra da 13.ª Vara Criminal da Comarca de Goiânia por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro no processo da Operação Boca do Caixa, deflagrada pelo Ministério Público Estadual em 2012.  Além destes, foram condenados Carlos Roberto Silva, servidor comissionado da Universidade, Paulo Henrique Sahium, tecnólogo em processamento de dados e Francisco Afonso de Paulo, ex-coordenador de contratos e convênio da UEG. As investigações apontaram desvio de recursos públicos da UEG em 2006 às vésperas das eleições daquele ano. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP/Go), o esquema de corrupção desviou R$ 425,3 mil. Neste caso, o MP/Go apurou que os recursos público desviados eram provenientes de um convênio firmado entre a UEG e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Goiás (Sinepe-Go). Os professores pagavam pelo curso ao sindicato e o Sinepe fazia o repasse à UEG. Esses pagamentos geraram uma movimentação financeira superior a 15 milhões. A partir de agosto de 2006 a Universidade alterou a conta habitual de destino dos valores pagos pelos cursos que passaram a ser creditados em nome do Instituto Brasileiro de Ensino, Pesquisa, Extensão e Tecnologia (Ibepet) que pertencia à Brzezinski. O Sinepe não foi acusado de participar do esquema.   

Mas acusações de corrupção não param por aí.

Em 2017 foram oferecidas nova leva de denúncias pelo MP/GO, que levaram à autuação pela desembargadora Elizabeth Maria da Silva contra oito envolvidos em crimes que acarretaram mais prejuízo à UEG em valores superior a R$ 10 milhões. A magistrada ainda determinou o levantamento do sigilo da peça processual, mantendo a os denunciados Marcelo Henrique dos Santos, Adair Antônio de Freitas Meira, Luiz Antônio Arantes, Francisco Afonso de Paulo, Antônio Fernandes Júnior, Lucas Vieira da Silva Meira e Lívia Baylão de Morais acusados dos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e dispensa indevida de licitação.

O caso

Durante as investigações, apurou-se que no dia 30/12/2010, por volta das 20h, último dia útil do mandato de Marconi Perillo e último dia antes do recesso bancário daquele ano, teriam sido ilegalmente transferidos R$ 10 milhões da UEG para a Fundação Universitária do Cerrado (Funcer). Esse recurso serviria para o desenvolvimento de um “programa estadual de formação e capacitação em software livre”. No entanto, apurou-se que a referida fundação não dispunha de nenhum know-how para executar tal tarefa, que de fato não foi executada. O valor desviado atualizado até 2017 correspondia a R$ 25,9 milhões.

Nova UEG

Caiado tem pressa para devolver a UEG aos goianos. Ele acredita na ciência e quer a Universidade Estadual atuante, que não envergonhe os goianos, quer seja pelos reiterados escândalos de corrupção como pela posição vexatória de 108º lugar no Ranking Universitário Folha (RUF), promovido pelo Jornal Folha de São Paulo. O processo de reestruturação da UEG é complexo e exige atuação em várias frentes reguladoras e saneadoras, que incluiu a recomposição do Conselho Universitário da universidade.  A partir de janeiro de 2019, por determinação do governador Ronaldo Caiado, a universidade passou por uma reforma administrativa que criou, dentre outras ações, o Plano Emergencial de Ensino através da criação do Comitê de Reestruturação da UEG. A nova gestão, que está agindo com celeridade, permitiu devolver a instituição aos estudantes. 2.395 vagas estão sendo ofertadas para graduações espalhadas por todo o Estado, em 27 cursos presenciais e três cursos de educação a distância (EaD).

“Estamos no primeiro ano da nova UEG”, afirmou o governador Ronaldo Caiado, nesta quarta-feira (29/7), durante o lançamento dos editais do programa Minha Vaga, da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que oferece o preenchimento de milhares de vagas ociosas, permitindo a estudantes, que atendam a determinados requisitos, ingressem de forma alternativa ao tradicional vestibular. Em janeiro último, a instituição passou por uma reforma administrativa que permitiu devolver a universidade – que há anos era alvo de um desmantelamento sistêmico, com viés político partidário – aos seus maiores interessados: os alunos. 

“Não me interessa a cor partidária, ideologia política, posições pessoais. O que me interessa é uma coisa só: o resultado do ensino que é dado para o aluno, do primeiro ao último ano de seu curso. Nisto que vou ser exigente”, asseverou Caiado, completando: “Peço que o reitor seja exigente na formação dos jovens. É inadmissível um estudante de Medicina que não sabe fazer uma anamnese no paciente. Um advogado que se forma e não sabe redigir uma petição. Formando-se em cursos, mas sem noção mínima da Língua Portuguesa. A UEG deve ter o perfil com uma universidade de responsabilidade com a formação de um jovem. Temos que resgatar a Educação de qualidade.”

O governador também fez uma comparação para demonstrar o crescimento desordenado da UEG no passado: a universidade goiana chegou a ter mais de 40 câmpus, enquanto a Universidade de São Paulo (USP), a mais bem avaliada do País, tem cerca de 12. “Na UEG, cada curso de História tinha uma grade curricular, não havia convergência”, exemplificou. Caiado cursou 6 anos de graduação em Medicina na UFRJ e mais 6 anos entre pós-graduação e especialização, em Sorbonne, na França, o que atesta que ele é da academia. Por isso, está promovendo uma gerência pessoal para reconstruir a nova UEG, dentro de uma nova filosofia de ensino, que deve estar em sintonia com as necessidades do Estado. “A pesquisa é fundamental. Promover trabalhos científicos embasados em nossa realidade”, pontuou. Para isso, está implementando as ações na UEG de Itumbiara juntamente com o novo hospital regional daquela cidade que ele inaugurou: agora os estudantes da UEG de Itumbiara terão a oportunidade de pôr em prática aquilo que viram em sala de aula. “Instalei um hospital estadual com 200 leitos, sendo 20 UTIs, podendo ser ampliada para 40, que vai continuar funcionando após a pandemia. Nele, os alunos vão poder, em convênio com a UEG, ter contato com um pronto-socorro, enfermaria, centro cirúrgico e atendimento ambulatorial.” Isso demonstra o quanto o governador tem se empenhado para que Goiás dê um ‘up grade’ na educação  e na ciência do Estado A ações do governo do estado não param. No governo de Ronaldo Caiado, cada dia é uma notícia boa. Assim, o governador Ronaldo Caiado revoluciona e vai deixando sua marca, abrindo a cada dia um novo caminho para o futuro. 

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