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Carnaval 2022

Carnaval 2022: Rio e SP adiam desfile das escolas de samba

O avanço da ômicron e a alta de casos de Covid-19 no país tem provocado uma pressão pelo cancelamento dos desfiles

Foto: Divulgação
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Os desfiles do Carnaval 2022 foram adiados para o mês de abril, com início no feriado prolongado de Tiradentes, quinta-feira (21/4)

21 janeiro, 2022

As prefeituras das capitais de São Paulo e Rio de Janeiro -  comandadas respectivamente por Ricardo Nunes (MDB-SP) e Eduardo Paes (DEM-RJ) -decidiram adiar os desfiles do Carnaval 2022 para o mês de abril, com início no feriado prolongado de Tiradentes, quinta-feira (21/4). O avanço da ômicron e a alta de casos de Covid-19 no país tem provocado uma pressão pelo cancelamento dos desfiles. A percepção dos técnicos das duas prefeituras é de que, devido à subnotificação, as estatísticas estão longe de refletir a realidade. A decisão conjunta foi divulgada nesta sexta-feira (21/1) após reunião virtual em que os prefeitos discutiram o avanço acelerado da variante. O carnaval de rua já havia sido cancelado nas duas maiores cidades do país. Nesta semana, Brasil quebrou por dois dias seguidos o recorde de infecções registradas em 24 horas. Na quarta-feira (19/1), foram 205.310 casos, enquanto na terça o número de infectados por dia era de 137.103 novos casos. Na quinta (20/1) o país teve o segundo pior dia desde o início da pandemia de Covid-19 em registros de casos, com 168.060 infecções documentadas. Também participaram do encontro o secretário municipal da Saúde do Rio, Daniel Soranz, e o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, além dos presidentes das Ligas de Escolas de Samba das duas cidades. Em nota conjunta, as prefeituras anunciaram que, "sob a orientação de seus secretários de Saúde, optaram por adiar a realização dos desfiles das Escolas de Samba para o fim de semana do feriado de Tiradentes, em abril". "A decisão foi tomada em respeito ao atual quadro da pandemia de COVID-19 no Brasil e a necessidade de, neste momento, preservar vidas e somar forças para impulsionar a vacinação em todo o território nacional", anunciaram Paes e Nunes em nota à imprensa. A avaliação é que, mesmo com medidas sanitárias, como exigir que componentes usem máscaras ou que o público tenha completado a vacinação para entrar nos sambódromos, os desfiles no Rio e em São Paulo no fim de fevereiro poderiam estender ainda mais a pandemia ou ajudar no repique de casos.  Isso causaria impactos não apenas na saúde pública mas também políticos, gerando desgaste se a decisão de manter os eventos fosse apontada como uma das causas.