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Saúde pública

Associação que ajuda mulheres com câncer de mama em Goiânia, reduz atividades por falta de dinheiro

Apcam oferece refeições e apoia as pacientes, custeando exames e comprando medicamentos e precisa de doações para se manter. Porém, com queda nos recursos, alguns dos serviços tiveram que ser suspenso

Foto: Danielle Oliveira/TV Anhanguera
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Associação que ajuda mulheres com câncer de mama reduz atividades por falta de dinheiro em Goiânia, Goiás

11 setembro, 2019

Por Danielle Oliveira, TV Anhanguera

Goiânia (GO) - Devido à falta de recursos financeiros, a Associação dos Portadores do Câncer de Mama (Apcam), que ajuda mulheres em tratamento de câncer, em Goiânia (GO), está reduzindo as atividades. Por isso, precisa de doações para se manter. Quando está em perfeito funcionamento, a Apcam oferece refeições e apoia as pacientes, tanto no lado emocional quanto financeiro, custeando exames e comprando medicamentos. A renda da associação vem dos bazares de vendas de roupas, sapatos e bijuterias, que chegam por meio de doações. “Nós não temos nenhum apoio governamental, nossa renda são os bazares. Nós não compramos nada, mas vendemos tudo que chega aqui. Aqui dentro, tudo é doação, mas estamos precisando de mais apoio”, disse a presidente da associação, Evandra da Costa. As principais atividades que estão paralisadas, desde  de 9 de Setembro, são as que exigem que a associação desembolse dinheiro, como a compra de medicação, faixas de curativos e o pagamento de alguns exames. Evandra percebeu que se não suspendessem estas ações, não conseguiriam manter as portas abertas até o fim do ano. “As pacientes são, em maioria, mulheres que trabalham em serviço braçal, sem carteira assinada, mães de família e sem muitas condições. E quando elas têm o diagnóstico, na maioria das vezes, ainda perdem o marido e o emprego. A gente ajuda com cesta básica, medicação, e alguns exames pela rede particular”, disse. Segundo Evandra, a Apcam vai suspender esta ajuda, provisoriamente, até que consiga recuperar os custos. “Suspendemos esse atendimento na segunda-feira, porque não temos dinheiro em caixa que nos mantenha até o final do ano. Tivemos que cortar, porque temos água, luz, telefone. As contas chegam todo mês”, disse.

Voluntárias por amor

A Apcam, fundada em 1999, é movida por voluntários como a aposentada Corina de Jesus Bispo, de 77 anos, que se dedica ao grupo há 20 anos. Foi justamente a descoberta do câncer de mama, quando ela tinha 56 anos, que fez com que a idosa se tornasse voluntária. Corina passa a semana toda na associação e só vai para casa aos finais de semana. “Eu me sinto muito bem ajudando aqui, mudou a minha vida. Quando chega a segunda-feira eu já estou doida para voltar para cá, porque aqui é uma família. Vem gente de longe e a gente acolhe e é muito bom. Até o dia que Deus quiser eu quero estar ajudando aqui”, conta Corina. Outra voluntária há nove anos é Maria Glória, de 58 anos, que é cozinheira na associação e também fabrica sabão e “laranjinha” para vender e ajudar nos custos. Ela vai para a Apcam de segunda a sexta-feira. “Eu faço de tudo para a gente vender aqui. Eu amo o que eu faço. É paixão, mesmo. Eu me sinto bem aqui. O dia que eu não venho eu fico doente”, brinca Maria. A Apcam fica localizada na área do Hospital das Clínicas, na capital, onde recebe doações de roupas, sapatos, dinheiro e alimentos. Além desta unidade, o grupo mantém uma casa no Setor Central. O local hospeda, provisoriamente, paciente de outras cidades e sem condições financeiras que passam pela terapia na unidade de saúde.