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Desocupados

Tocantins tem mais de 80 mil jovens desocupados que não trabalham e nem estudam

Pesquisa do IBGE também revela recortes sobre o salário e a escolaridade dos trabalhadores no Tocantins

Foto: Divulgação
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Apesar disto, o Tocantins vem apresentando queda no número de jovens desocupados

08 dezembro, 2023

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 81 mil jovens tocantinenses entre 15 e 29 anos não estavam estudando ou trabalhando em 2022. O número equivale a 19,5% das pessoas nessa faixa etária. Apesar disto, o estado vem apresentando queda no número de desocupados. Em comparação com 2021, quando 102 mil jovens (26,6%) estavam sem trabalhar ou estudar, a redução foi de 20,5%. As informações fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada na quarta-feira (6) pelo IBGE. O estudo é feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2022 e também traz informações sobre salário e educação. De acordo com a pesquisa, em 2022, a taxa de desocupação da população tocantinense com 14 anos ou mais de idade era de 7,6%. Este é o menor percentual dos últimos 10 anos. O maior índice tinha sido em 2021, durante a pandemia de Covid-19, quando chegou a (14,2%). Segundo o IBE, o Tocantins também teve um recuo no percentual de pessoas com vínculo empregatício de 39,7% para 38,3%. Por outro lado, a quantidade de trabalhadores sem carteira assinada e trabalhadores por conta própria subiu de 52,9% para 56,6%, seguindo tendências nacionais. Em 2022, 53,3% dos trabalhadores do Tocantins estavam em ocupações informais, apresentando crescimento em relação ao ano anterior. Se tratando de pessoas pretas ou pardas essa proporção estava acima da média, correspondendo a 55,6%. Brasil está entre os países com maior proporção de jovens que estão fora da escola e sem trabalhar, diz OCDE O estudo também analisou o rendimento dos tocantinenses. Em 2022, a população branca ganhava, em média R$3.579, que corresponde 75% mais do que pretos ou pardos (R$ 2.040). Os homens (R$2.581) recebiam 27% mais que as mulheres (R$2.031). Em contrapartida, o rendimento médio das mulheres brancas (R$2.735) superava o dos homens pretos ou pardos (R$2.164). “Esses resultados indicam a existência de desigualdade estrutural, dado que esses diferenciais, salvo pequenas oscilações, foram encontrados em todos os anos de 2012 a 2022”, explicou o gerente da pesquisa, João Hallak.

Educação
A Síntese de Indicadores Sociais mostra que o percentual de pessoas de 25 anos ou mais sem instrução no Tocantins ficou em 9,1%. O estado vem apresentando queda desde 2016, mas em 2022, continuou sendo o segundo maior entre os estados da região Norte e o 10º no ranking nacional, ficando acima da média do Brasil (6,0 %). Por outro lado, o percentual da população nessa faixa etária com nível superior completo também aumentou nos últimos anos; passando de 12,2% em 2016, para 15% em 2018 e chegando a 19,5% em 2022. Este é o terceiro melhor resultado da região Norte e o 10º do Brasil. Tocantins também apresentou resultado positivo na taxa de frequência escolar de estudantes de 15 a 17 anos de idade. Com percentual de 95%, o estado registrou a maior taxa da região. Esse é um indicador que também vem melhorando ao longo dos anos.