Domingo, 24 de
Novembro de 2024
Estado

Relatório

Relatório da Secretaria da Saúde do Tocantins analisa dados da Covid-19 no estado e diz que laboratório tem estoque de 43 mil testes

Relatório Situacional analisa dados estaduais contabilizados até quinta-feira (11/6). O documento mostra uma incidência de 421,6 casos a cada 100 mil habitantes.

Foto: Secom / Governo do Tocantins
post
Secretário da Saúde do Tocantins, Dr. Edgar Tollini  (centro)

14 junho, 2020

Palmas (TO) -  A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins  divulgou no sábado (13/6) uma nova edição do Relatório Situacional de Enfrentamento à Covid19. O documento analisa os dados contabilizados até a última quinta-feira (11/6), quando o Tocantins tinha 6.744 diagnósticos e 128 mortes. Desde então o estado teve mais 187 resultados positivos e dois novos óbitos.

Incidência e letalidade

O relatório aponta que o estado tinha até quinta-feira (11/6) uma incidência de 421,6 casos a cada 100 mil habitantes. O índice estaria acima da taxa registrada no Brasil (383,6) e abaixo da média dos estados da região norte (904,4).

O maior número de casos do estado se concentra na região norte do Tocantins:

Região Norte - 5.029 casos (74,6%)
Região Central - 1.267 (18,8%)
Região Sul - 448 (6,6%)


A letalidade da Covid-19 no estado estava em 1,89% até quinta-feira (11/6). Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o Tocantins é o estado da região norte como menor número de óbitos e registra a menor taxa de mortalidade por 100 mil habitantes. Os dados apontaram que 67% dos óbitos registrados foram do sexo masculino com predominância da faixa etária acima dos 60 anos ou mais (67%).

20 a 39 anos – oito mortes
40 a 59 anos – 33 mortes
60 a 69 anos – 28 mortes
Mais de 70 – 59 mortes

Análises laboratoriais

O Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen) realizou, até quinta-feira (11/6), a análise de 15.491 amostras de RT-PCR, sendo 4.786 confirmadas positivas para Covid-19. Segundo o relatório situacional, o Lacen teria 43.628 testes de amplificação RT-PCR e atualmente tem capacidade para processar 700 análises por dia. Apesar disso, na sexta-feira (13/6) a Secretaria de Estado de Saúde afirmou que iria mudar o método de testagem para evitar ficar sem estoque do teste RT-PCR e por isso vai priorizar exames para pacientes hospitalizados e mortes suspeitas de Covid-19. O G1 questionou sobre a redução nas testagens e a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que a limitação do uso de testes se deve à dificuldade de aquisição para reposição do estoque. E que a nova metodologia visa apenas evitar a falta imediata dos testes, portanto, o trabalho de testagem continua diariamente, obedecendo os novos critérios estabelecidos. Além disso, está com processo de aquisição em andamento e nos próximos dias serão estimadas datas para a regularização das testagens na unidade do Lacen-TO. Informou ainda que testes de RT-PCR realizados envolvem várias etapas, uma delas implica na extração do gene do vírus da amostra, para que então seja amplificada com o uso de equipamento de PCR em Tempo Real, para a interpretação e liberação dos resultados. "O quantitativo de testes em estoque divulgado no Relatório Situacional se refere aos utilizados na etapa de amplificação. Os novos critérios para coleta se tornaram necessários no sentido de otimizar o quantitativo de kits disponíveis para a etapa de extração durante as testagens", diz nota do estado. A SES afirmou ainda que a reposição não foi concretizada até o momento devido ao difícil cenário para aquisição de novos testes de extração, estes com pouca oferta e intensa procura, em todo o país.

Hospitalizações

O relatório estadual traz ainda dados sobre internações. Segundo o estado, foram 306 internações pelo SUS desde o início da pandemia, seja em hospitais públicos ou leitos particulares ofertados ao sistema público. Foram 208 (67%) em leitos clínicos e 98 (33%) em UTIs. Considerando todas as internações em leitos SUS, quando o total de casos estava em 6.744, significa que a taxa de hospitalização em leito público era de em 4,53%. O tempo de internação médio é de 6,1 dias para leitos clínicos e 9,8 dias em UTIs.

Contaminação em profissionais da saúde

Foram 240 casos confirmados em profissionais da área da saúde, considerando apenas os servidores do governo estadual. Segundo o relatório, eles representam 3,55% do total de casos no Tocantins. Os dados apontam que 160 estão recuperados.

Fontes: G1 Tocantins / www.poptvnews.com.br