Palmas (TO) - O Tocantins poderá ter, em breve, um programa de cursos de qualificação
nos presídios. Projeto de Lei número 282, de 20 de agosto de 2019, do
deputado estadual Cleiton Cardoso, prevê a ocupação do tempo ocioso dos
reeducandos com cursos de marcenaria e produção de móveis tubulares,
confeitaria, corte e costura e maquiagem. Conforme a proposta, os cursos serão administrados pela Secretaria da
Cidadania e Justiça, por meio de cooperação entre os municípios, Governo
Federal e empresários. O parlamentar Cleiton Cardoso defende que as pessoas que cometeram atos
ilegais ocupem o tempo com trabalho prisional e com cursos de
qualificação. "O Estado precisa de ações enérgicas para combater a
criminalidade, mas também precisa prevenir a prática de novos crimes.
Isso é possível com investimentos em educação e com iniciativas e
estratégias que reinsiram socialmente os indivíduos que infringiram a
norma penal", destaca. De acordo com a proposta, o programa será composto por aulas teóricas e
práticas e ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. Ao final dos cursos, cada aluno receberá certificado de qualificação técnica expedido pela instituição que ministrou o curso juntamente com o órgão estadual. "Para receber o certificado os reeducandos terão que ser aprovados nos testes efetuados pelos instrutores responsáveis pelas aulas práticas", explica Cleiton Cardoso. Ainda segundo o projeto, os alimentos produzidos nos cursos serão destinados para a rede pública de ensino. O objetivo é reduzir custos com aquisição de alimentos. Para isso, as instituições deverão se credenciar junto à Secretaria da Cidadania e Justiça. Além dos cursos descritos na proposta do deputado Cleiton Cardoso, o programa poderá ofertar outros cursos que se enquadrarem nas condições e pré-requisitos estabelecidos pela Lei Federal nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que trata sobre a remissão de pena. O projeto de lei foi apresentado na sessão do dia 20 de agosto e será
analisado pelas Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle e pela Comissão
Permanente de Segurança Pública, antes de seguir para o plenário da Assembleia para votação.
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