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Protesto

Profissionais da enfermagem protestam em Goiás contra a suspensão da lei que criava piso salarial

Lei foi suspensa pelo STF no início de setembro. Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás ressaltou que categoria não defende greve

Foto: Reprodução/TV Anhanguera
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Profissionais da enfermagem protestam em Goiás contra a suspensão da lei que criava piso salarial

21 setembro, 2022

Nesta quarta-feira (21/9), profissionais da enfermagem protestaram em Goiânia, Anápolis e Santa Terezinha de Goiás contra a suspensão da lei que criava o piso salarial da categoria. Segundo Edna de Souza, presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), a categoria reinvidica que a lei seja cumprida. “Não queremos aumento de salário, queremos o cumprimento do piso salarial urgente. É uma categoria que está na linha de frente da sociedade em todo o momento, do nascimento ao óbito. Lutamos para que o nosso piso seja efetivado há cerca de 4 décadas”, explicou. Na manhã desta quarta-feira, em Goiânia, os profissionais se reuniram na frente do Hospital Estadual Governador Otávio Lage (Hugol). Em Santa Terezinha de Goiás, os profissionais percorreram a principal avenida da cidade. Já em Anápolis, a concentração partiu de unidades de saúde até a Praça Dom Emanuel, como explicou a técnica de enfermagem Glaucia Oliveira. "Queremos reivindicar o piso salarial, que não é compatível com o mercado pelo tanto que trabalhamos. Temos esse direito. Estamos aqui para reinvidicar, não só a classe da enfermagem, mas contamos com o apoio da população", falou. No dia 15 deste mês, O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a suspensão da lei que criou o piso salarial dos profissionais. O julgamento seguiu a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, no início de setembro, atendendo a uma ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde). Piso salarial da enfermagem: entenda os possíveis impactos da lei suspensa pelo STF. Ao g1, a presidente do Coren Goiás explicou que a paralisação é uma “luta de paz”, feita de forma respeitosa. Edna completou ainda que o Conselho não defende uma possível greve. “Essa paralisação é nacional para mostrar a importância desses profissionais. Orientamos todos que não deixem de atender as demandas de urgência e emergência e garantimos os 30% dentro do servindo nas UTI’s”, completou.

Entenda
A lei que fixava pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras foi aprovada em julho pelo Congresso e sancionada em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, a suspensão permanece até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.

Os pisos estabelecidos pela lei são:

Enfermeiros: R$ 4.750
Técnicos de enfermagem: 70% do piso, chegando a R$ 3.325
Auxiliares e parteiras: 50% do valor, R$ 2.375