Segunda-feira, 25 de
Novembro de 2024
Estado

Crime

Policial civil é suspeita de atirar no próprio namorado após discussão

Segundo boletim de ocorrência, Giovanna Cavalcanti Nazareno teve um surto psicótico, sacou a arma e atirou

Foto: Arquivo Pessoal
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Agente da Polícia Civil denunciou assédios sexuais

09 dezembro, 2023

A policial civil Giovanna Cavalcanti Nazareno foi presa na noite de sexta-feira (8/12), suspeita de atirar no próprio namorado. Segundo o boletim de ocorrência feito pela Polícia Militar, ela sofreu um surto, sacou a arma e atirou. Em seguida, socorreu o companheiro e o levou para o Hospital Geral de Palmas (HGP). A Secretaria da Segurança Pública informou que o caso foi registrado, e a servidora foi autuada em flagrante pelo crime de lesão corporal grave, na presença da corregedoria. Disse que atualmente ela se encontra sob custódia da Polícia Civil, aguardando manifestação judicial. A defesa de Giovanna informou que ela estava sob efeito de medicamentos e não teve a intenção de ferir o namorado. O caso aconteceu na noite desta sexta-feira (8/12). Internado na sala vermelha do hospital, o homem relatou que estava em uma pizzaria comemorando o aniversário do pai. Informou ainda que foi até a casa, onde vive com a companheira, onde houve uma discussão. No documento diz que Giovanna ficou chateada pelo fato de o companheiro ter ido à pizzaria sem ela "e que em total desequilíbrio em decorrência de surto psicótico, pois a mesma, segundo a vítima, está passando por problemas profissionais, sacou sua arma e efetuou um disparo de arma de fogo", complementa. O tiro acertou no ombro da vítima, que foi socorrida. A polícia soube do caso após o namorado dar entrada no HGP.

Denúncias recentes
Dias atrás, Giovanna Cavalcanti usou as redes sociais para fazer denúncias de assédio moral e sexual contra o delegado Cassiano Ribeiro Oyama, chefe da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas. Giovanna disse que trabalhou na 2ª DP entre 2021 e 2022. No vídeo, a servidora relatou uma sequência de situações abusivas que já tinham sido denunciadas à corregedoria. Segundo ela, os assédios começaram aos poucos e como brincadeiras. “Começava a falar da minha aparência, do meu modo de vestir. Ficava fazendo brincadeiras meio bobas: ‘porque você não usa saia?’, ‘porque não usa vestido?’. ‘Você está vindo parecendo um machão’. Foram coisas corriqueiras que começaram aos poucos”, contou. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a Corregedoria-Geral da Polícia Civil apura as denúncias e o procedimento é sigiloso. O delegado nega as denúncias e afirma que se trata de uma “falácia fantasiosa” e de uma “narrativa” criada depois que a servidora não conseguiu ser transferida.

O que diz a defesa
Ela passou por audiência de custódia na tarde deste sábado (9/12) e foi liberada pela Justiça. Em nota, a defesa da policial afirmou que ela estava sob forte efeito de medicamentos e enfrenta um quadro depressivo por causa das denúncias que fez com relação ao suposto assédio que teria sofrido. Também considerou o episódio como um 'mero acidente' e que não teve a intenção de ferir o namorado.

Veja nota da defesa na íntegra:

A Giovanna Cavalcanti Nazareno foi libertada em audiência de custódia. A defesa entende que ela está sob forte efeito de medicação, em razão do severo quadro depressivo enfrentado por ela em razão da questão do assédio que ela denunciou. Em momento algum a policial teve intuito de machucar ou ferir seu namorado, foi um mero acidente. Espero que ela se recupere brevemente, posto que está sob medicação prescrita por seu médico.