Domingo, 24 de
Novembro de 2024
Estado

Sonegação

Polícia investiga sonegação milionária em empresa que vende grãos e diz que CNPJ está em nome de servente de pedreiro

Segundo a divisão especializada no combate a corrupção, valor que foi sonegado apenas com o ICMS chega a R$ 4,8 milhões. Quatro pessoas foram presas preventivamente

Foto: Divulgação/Polícia Civil
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Empresa comercializa grãos como soja e milho

01 setembro, 2020

Porto Nacional (TO) - A Polícia Civil do Tocantins deflagrou na manhã desta terça-feira (1º/9) uma operação para investigar um suposto esquema de sonegação de impostos em uma empresa que vende grãos. O estabelecimento fica no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional e não teve o nome divulgado. Quatro pessoas foram presas preventivamente. A apuração inicial indica que apenas levando em consideração o ICMS, mais de R$ 4,8 milhões em impostos deixaram de ser pagos. O CNPJ da empresa foi uma das coisas que chamou a atenção da Divisão Especializada de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DRCOT). Segundo a polícia, ele está em nome de um servente de pedreiro. O funcionário é uma das pessoas presas e a suspeita é que ele seja um laranja que emprestou o nome para que a empresa fosse fundada. Além dele, também foram presos um agropecuarista que seria o verdadeiro dono da empresa, o contados e um corretor de grãos, responsável por negociar o produto no mercado. Os grãos, principalmente soja e milho, eram revendidos a outros estados. A operação foi batizada de "Bricklayer", que significa pedreiro em inglês. Cerca de 30 policiais cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Palmas e Pedro Afonso, especialmente nas casas dos alvos, em um fazenda e nos endereços comerciais dos investigados. O trabalho foi coordenado pela Diretoria Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). Os mandados judiciais foram autorizados pelo juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Porto Nacional após a Polícia Civil representar, com manifestação favorável do Ministério Público. Se as suspeitas forem confirmadas, os presos nesta terça-feira podem responder por crimes contra a ordem tributária, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Fontes: G1 Tocantins / www.poptvnews.com.br