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Novembro de 2024
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Polícia Civil do Tocantins deflagra 2ª fase da Operação Guerra Justa contra organização criminosa especializada em assaltos a carros-fortes

A Operação Guerra Justa teve foi coordenada pelos delegados da DEIC de Palmas, Emerson Francisco de Moura e Eduardo César de Menezes

Foto: Denis Tavares / Governo do Tocantins
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Polícia Civil deflagra operação Guerra Justa no Pará, Pernambuco e Maranhão. Na foto, Polícia chega na casa de suspeito

09 julho, 2020

p/ Rogério de Oliveira e Shirley Cruz 

Palmas (TO) -  Estão sendo cumpridos oito mandados de prisão preventiva e quatro de busca nos estados do Pará, Maranhão e Pernambuco. O aprofundamento das investigações relacionadas à tentativa de roubo a um carro-forte em agosto de 2019, entre as cidades de Colinas do Tocantins e Arapoema, na região centro norte do Tocantins, resultou nesta quinta-feira (9/7), na deflagração da 2ª fase da Operação Guerra Justa da Polícia Civil do Tocantins contra organização criminosa responsável por ataque a carro-forte, ocorrido em agosto de 2019, na TO-30, entre as cidades Colinas do Tocantins e Arapoema, na região centro norte do Tocantins. Coordenada pela Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC de Palmas) da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), a operação busca o cumprimento de mais oito mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em residências nos estados de Pernambuco, Pará e Maranhão. A Operação Guerra Justa teve foi coordenada pelos delegados da DEIC de Palmas, Emerson Francisco de Moura e Eduardo César de Menezes. Teve apoio do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) do Tocantins e suporte da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro (DRRBA) da Polícia Civil do Pará; da Diretoria do Interior II e da Diretoria Especializada da FT Bancos Sertão da Polícia Civil do Estado do Pernambuco; e do Departamento de Combate a Roubo e Instituições Financeiras (DCRIF) da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC) da Polícia Civil do Maranhão.

*O ataque*

Na época dos fatos, em agosto do ano passado, um grupo de vigilantes de uma empresa responsável por transporte de valores foi abordado por assaltantes, que cercaram o caminhão blindado e passaram a efetuar disparos em sua direção. A perseguição e a troca de tiros perduraram por cerca de 20 quilômetros, até o momento em que o veículo dos assaltantes teve um dos pneus furados por um disparo efetuado pele equipe de guardas. Sem sucesso na subtração do dinheiro, os criminosos abandonaram o veículo atingido com o tiro, atearam-no fogo e fugiram em outro carro que prestava apoio. O tiroteio assustou os moradores do Povoado chamado 19, próximo ao município de Arapoema. Chamou a atenção o poderio bélico dos assaltantes, que chegaram a utilizar um metralhadora calibre ponto 50, capaz de parar tanques de guerra e de abater aeronaves. 

*A Investigação*

A partir do material apreendido na primeira etapa da investigação, a equipe da DEIC de Palmas chegou a mais oito membros da organização criminosa responsável pelo ataque patrimonial ocorrido na cidade de Arapoema, cada qual com uma função específica. Um dos investigados ficava responsável pela guarda de parte do armamento do bando em um sítio localizado em povoado Vila Paraísona cidade Xinguara, no estado do Pará (nessa propriedade rural, na primeira fase da operação, foi encontrado um carregador de metralhadora ponto 50 e detonadores de dinamite. Identificou-se também que outra parte do grupo ficava encarregada de realizar o transporte do pesado armamento utilizados nos assaltos, valendo-se dos caminhões de uma madeireira, localizada na cidade de Cabrobró, no Estado de Pernambuco. A empresa, com criação de fachada, era utilizada para dar discrição à atividade criminosa praticada, visto que os assaltantes e as armas de fogo, após os atentados contra as instituições financeiras, viajavam escondidos nos veículos. Os investigadores também descobriram uma ala do bando responsável por financiar a compra de munições. O aprofundar das investigações permitiu ter uma ideia da envergadura da organização. Com monitoramento, os investigadores descobriram que o grupo criminoso, após a tentativa de roubo ao carro-forte na cidade de Arapoema, foi responsável por mais três ataques. Um, ainda no mês de agosto de 2019, foi contra outro carro-forte na cidade de Marabá (na ocasião os assaltantes conseguiram subtrair o dinheiro). Já em janeiro 2020, o bando foi também responsável por mais dois assaltos no estado do Pará. Um no dia seis, contra um carro-forte que trafegava pela BR-010, entre as cidades de Ipixuna do Pará e Paragominas. Na troca de tiros com os vigilantes, um dos bandidos acabou sendo atingido e sendo obrigado a amputar parte de um dos pés. O outro ataque, na madrugada dia 30 de janeiro, foi praticado contra uma agência bancária do Bradesco. Na ocasião, o grupo aterrorizou a população da cidade Ipixuna do Pará.  Vinte e cinco (25) pessoas foram feitas reféns (as vítimas foram usadas com escudos humanos, sendo postas nos para-brisas dos veículos utilizados pelos criminosos para fugir. Com parte dos mais de R$ 1 milhão de reais roubados da agência bancária, quatros lideranças do bando viabilizaram a compra de mais duas metralhadoras ponto 50, adquirida por R$ 200 mil reais cada.

*1ª fase*

Realizada em 28 de abril de 2020, a 1ª fase da Operação Guerra Justa deu cumprimento a seis mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em residências nos estados do Tocantins, Bahia, Pernambuco e Pará. O saldo da operação foi o indiciamento de 14 pessoas.

Fontes: Diretoria de Comunicação da Secretaria da Segurança Pública do Tocantins  /www.poptvnews.com.br