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Novembro de 2024
Estado

Saúde

O Governo de Goiás leva mamografia e exame preventivo a comunidades quilombolas  goianas

Cavalcante recebe Carreta da Prevenção e faz mutirão de atendimento a mulheres. Nove em cada 10 pacientes que passaram pela triagem nunca fizeram exame que detecta câncer de mama

Fotos: Instituto Cem
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Edilene Henrique Barbosa é uma das moradoras de Cavalcante que conseguiram fazer mamografia na Carreta da Prevenção: nove em cada dez mulheres passaram pela triagem para a mamografia nunca tiveram oportunidade de ser submetidas ao exame

11 agosto, 2021

 

Goiânia (G) - O Governo de Goiás realiza um mutirão de mamografias e exame preventivo de colo de útero no município de Cavalcante, no Nordeste goiano. Para atender mulheres que vivem em comunidades distantes dos grandes centros, os exames estão sendo realizados na Unidade Móvel de Prevenção ao Câncer de Mama e de Colo Uterino. A Carreta da Prevenção, como é chamada, é vinculada à Policlínica Regional de Posse, unidade do Governo de Goiás. Diretora da policlínica, a enfermeira Silvana Mofardini explica que o objetivo é proporcionar exames e atenção especializada. “Nossa meta é facilitar esse tipo de exame, como mamografia, para mulheres que teriam maior dificuldade para chegar a locais onde seja feita a regulação para esse tipo de procedimento”, comenta.  Mais de 30 mamografias são realizadas por dia na Carreta da Prevenção. Cavalcante fica no extremo Norte do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e é o território que abriga o Quilombo Kalunga, o primeiro território quilombola reconhecido pela Organização das Nações Unidas no Brasil.   Edilene Henrique Barbosa é uma das quilombolas beneficiadas. Aos 41 anos, casada e mãe de dois filhos, ela nunca havia feito o exame. Assim como Edilene, nove em cada dez mulheres que passaram pela triagem para a mamografia nunca tiveram oportunidade de ser submetidas ao exame, já que precisariam se deslocar até Brasília, Goiânia ou Anápolis e ainda pagar pelo procedimento. “Esperar para fazer pelo SUS é um sofrimento que dura quase dois anos, então muitas resolvem pagar do próprio bolso”, comentou uma das mulheres. A quilombola Edilene hoje mora na cidade e trabalha no hospital municipal. Mesmo assim, toda a família, como mãe e irmãs, vivem na comunidade Capela, uma das cinco comunidades Kalunga que abrigam mais de 200 famílias e cuja ocupação do território remonta ao Ciclo do Ouro. A demanda de mulheres para serem submetidas a mamografia é de mais de  500 pacientes, numa fila que as autoridades de saúde esperam zerar com esse ciclo de atendimento.

Fontes: Secretaria de Estado da Saúde do  Governo de Goiás / www,poptvnews,com.br