O crescimento vertiginoso no número de casos identificados de Covid-19 tem refletido também na quantidade de casos ativos, aqueles em que o paciente ainda está transmitindo o vírus, no Tocantins. O número subiu de 738 no primeiro boletim do ano, no dia 3 de janeiro, para 7.388 na quinta-feira (20/1). Em termos percentuais, o aumento é de 901%. Também cresceu o número de hospitalizações, embora em ritmo bem mais lento. O número de pessoas internadas foi de 100 no começo do ano para 211 no último boletim. Especialistas explicam que a vacinação tem ajudado com que pacientes mesmo contaminados não desenvolvam casos tão graves da doença. O mesmo fenômeno é observado na quantidade de mortes pela doença, que se mantém estável. No último boletim, foram registrados dois novos óbitos, bem longe do pico de 30 mortes registradas nos boletins de março de 2021, quando o Tocantins viveu o pior momento da pandemia, com o colapso do sistema de saúde.Recentemente, o médico hematologista e presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou em entrevista à TV Globo que as vacinas estão cumprindo o seu papel, mesmo com o surgimento de uma nova variante. A ômicron é predominante em vários países e já responde pela maioria dos casos no Brasil."Essa ômicron é uma variante diferente e que tem uma infecciosidade maior. Então, o número de casos está aumentando, mas isso não tem se refletido no aumento do número de óbitos. Quer dizer, as pessoas vacinadas não estão morrendo mais por essa variante", enfatizou. O aumento no número de casos tem levado municípios a recuarem de medidas de flexibilização no Tocantins. Eventos carnavalescos estão cancelados em praticamente todo o estado e as aulas da rede estadual que começariam em 1º de fevereiro foram adiadas para o dia 14. Desde o início da pandemia, o Tocantins acumula quase 250 mil casos confirmados de Covid-19 e 3.980 mortes pela doença.
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