Palmas (TO) - Representantes das escolas particulares e dos profissionais da educação no Tocantins estão preocupados com a indefinição no calendário escolar e com a falta de normativas para regulamentação do ensino à distância. O receio é de que essa demora pode provocar impactos financeiros nas unidades e assim, gerar demissões de funcionários. As aulas foram suspensas no dia 15 de março em função da pandemia do novo coronavírus e desde então, não houve uma decisão do Conselho Estadual de Educação, segundo os sindicatos. "Nós temos como cumprir aula presencial, mas eles precisam regulamentar. E têm como a gente fornecer as aulas EAD [Ensino à Distância], só que hoje a visão das instituições de suspenderem as aulas, o número de demissão vai ser grande. Então se nós continuarmos o nosso trabalho, mesmo que seja via EAD, a probabilidade de manter toda a turma, a equipe, é maior", afirmou a presidente do Sindicato das Escolas Particulares, Janad Valcari.
Indefinições
Ela ainda argumentou que chegou a apresentar três planos ao conselho. "De aulas para repor no sábado, no domingo. O julho integral ou julho só meio período. Então, nós fizemos três calendários para aulas presenciais, isso imaginando que essas aulas ficariam apenas 30 dias suspensas". "Da forma que está havendo, sem uma resolução do conselho, as escolas não têm autonomia de trabalhar nos seus próprios calendários, ou seja, a suspensão das aulas pode ocorrer, e automaticamente pode haver o não pagamento das mensalidades e consequentemente esses trabalhadores poderão ser demitidos", pontuou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Escolas Privadas, Aníbal Parente. O presidente do Conselho disse que nesta manhã receberá os representantes das escolas particulares para ouvir as demandas e que na próxima segunda-feira, o conselho deve se reunir par deliberar sobre o assunto.
Fonte: Poptvnews