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Saúde

No Tocantins, hospital que atende oito cidades está sem nenhum médico há cinco dias, diz Ministério Público

Segundo o levantamento dos promotores, cinco dos 10 profissionais do Hospital de Dianópolis (TO) estão afastados e outros quatro atendem apenas especialidades

Foto: Reprodução/TV Anhanguera
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Situação é no Hospital de Dianópolis, no sudeste do Tocantins

01 agosto, 2020

Palmas (TO) - A Ministério Público do Tocantins informou na sexta-feira (31/7) que o Hospital de Dianópolis, unidade de referência para oito municípios da região sudeste do Tocantins, está sem nenhum médico para atendimentos de emergência há cinco dias. O MP entrou com um pedido na Justiça para que o estado seja obrigado a regularizar os plantões. Um levantamento feito pelos promotores durante uma inspeção indicou que dos 10 médicos que trabalham na unidade, cinco estão afastados e outros quatro atendem somente a especialidades. Apenas um médico segue atendendo casos emergenciais, mas ele não foi na unidade ao longo da semana. Segundo o MP, na sexta-feira (31/7) um paciente com asma crônica não conseguiu atendimento no local, mesmo com os exames indicando que o pulmão dele está com 85% de saturação. Ele também não conseguiu entrar na regulação estadual para ser transferido para outra unidade de saúde. Os hospitais de alta complexidade mais próximos de Dianópolis são o Regional de Porto Nacional, o Geral de Palmas e o Hospital do Oeste, em Barreiras (BA). A ação na Justiça foi aberta pela promotora Luma Gomides. O Governo do Tocantins informou, em nota, que a unidade de Dianópolis, como outras unidades do Estado, está com déficit de servidores devido as confirmações de casos de Covid-19. A Secretaria de Estado da Saúde disse que está trabalhando para repor estes profissionais e cobrir as escalas o mais breve possível. A SES ressaltou que trabalha com toda rede de hospitais públicos e leitos contratados na rede privada para garantir o atendimento da população tocantinense e informou se necessário transferências podem ocorrer. A nota não explica porque o paciente com o pulmão comprometido em Dianópolis não conseguiu a transferência.

Fontes: G1 Tocantins / www.poptvnews.com.br