Dois fuzis utilizados em guerra foram apreendidos na manhã de segunda-feira (1º/5) após confronto entre Polícia Militar e grupo suspeito de atacar Confresa (MT). O tiroteio aconteceu em Marianópolis e matou dois suspeitos, com quem estavam os fuzis apreendidos. Nenhum policial ficou ferido. De acordo com a PM, o armamento tem alto poder de impacto e força letal. Além das armas, a Polícia também apreendeu uma quantidade de dólares e guaranies, moeda do Paraguai.
Veja um resumo das apreensões até o momento:
No dia 11 de abril, a força-tarefa encontrou metralhadoras capazes de abater um helicóptero, fuzil 762, milhares de munições, coletes a prova de balas e capacetes de uso militar. As imagens mostram, ainda, coturnos, luvas, mochilas, gorros e outros protetores corporais. No dia 17, as polícias civil e militar apreenderam fuzis calibre 50, munições, materiais explosivos e motores de barco. Ainda no dia 17, a Operação encontrou munições comuns em guerras e de uso restrito das Forças Armadas. O material foi encontrado às margens do rio Javaés, próximo ao Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
No dia 18 de abril, quatro suspeitos foram mortos em confronto. A Polícia Militar informou que cada um tinha um fuzil, utilizado no tiroteio. Vídeo mostra a troca de tiros entre o BOPE de Mato Grosso e os suspeitos, com apoio da PM do Tocantins.
Também no dia 18, a força-tarefa entregou os armamentos apreendidos na Operação para a Polícia Civil de Mato Grosso. O estado é o responsável por investigar o grupo suspeito. No dia 1º de maio, a PM encontrou dois fuzis com os suspeitos mortos e apreendeu dólares e guaranies, dinheiro do Paraguai. As apreensões comprovam que o grupo está fortemente armado, como a investigação acredita. População do entorno dos locais de confronto estão com medo e relatam ouvir barulhos de tiros. Área está cercada por policiais de cinco estados, que mantém o cerco na busca pelo grupo criminoso depois de três semanas de operação.
Veja um balanço da Operação nessas três semanas.
A Operação Canguçu está no 22º dia da segunda-feira (1º/5). Cerca de 350 policiais, entre civis e militares, atuam nas buscas pelo grupo criminoso. Os confrontos entre policiais e criminosos registrados na tarde de domingo (30/4) e nesta segunda-feira, em Marianópolis, foram os primeiros na área urbana de uma cidade no Tocantins desde que a Operação Canguçu começou, no dia 10 de abril.
A Operação
Após a tentativa de assalto em Confresa (MT), os criminosos fugiram em embarcações pelos rios Araguaia e Javaés até entrarem em território tocantinense. Durante a fuga os criminosos também aterrorizaram fazendas no Tocantins e fizeram reféns. As buscas são feitas com a ajuda de aeronaves enviadas por outros estados, barcos, drone e cães. Moradores da região dão apoio aos policiais com alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas. A Polícia Militar do Tocantins e de Mato Grosso identificaram dois dos integrantes da quadrilha. Eles são Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreu em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém. Os outros mortos e presos ainda não tiveram as identidades divulgadas.