O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para investigar as medidas que as companhias aéreas e a administração do Aeroporto Internacional Santa Genoveva, em Goiânia (GO), estão tomando para garantir a segurança dos passageiros. A medida, conforme o órgão, foi tomada após as brasileiras ficarem quase 40 dias presas, em Frankfurt, na Alemanha, depois de terem as malas trocadas por bagagens com drogas. Em nota, a administração do Aeroporto Santa Genoveva informou que vai colaborar com a apuração do MPF assim que for notificada e que "reitera que as companhias aéreas são responsáveis pela bagagem do passageiro, desde o momento em que ela é despachada até seu recebimento no destino final". A companhia Azul afirmou que prestará todos os esclarecimentos ao órgão, dentro do prazo estipulado pelo órgão. O g1 também entrou em contato com as demais empresas por e-mail, mas obteve resposta até a última atualização desta reportagem. A procuradora da República Mariane Guimarães deu um prazo de 15 dias para que as companhias aéreas do local informem os procedimentos adotados para a contratação de funcionários, bem como o processo de fiscalização das bagagens despachadas e o monitoramento das malas. As empresas também devem informar se os passageiros recebem alguma instrução de segurança nas lojas, no site e no aplicativo da empresa a respeito do cuidado com as bagagens. Outro fator a ser esclarecido é o tempo de conexão da maioria dos voos que saem de Goiânia para outros destinos e se isso pode ser um fator de risco. A administração do aeroporto, por outro lado, deve explicar como é o procedimento de fiscalização das bagagens despachadas, desde o despacho nas esteiras até a acomodação nos aviões.
Riscos e inquérito
Para a promotora, a reincidência das irregularidades em voos de conexão oriundos da capital pode colocar em risco a atividade aeroviária goiana, gerando insegurança aos passageiros e clientes, o que comprometeria a credibilidade dos serviços prestados. Em Guarulhos (SP), local onde ocorreu a troca de etiquetas, o MPF instaurou inquérito civil público para apurar possíveis falhas de segurança no Aeroporto Internacional de Guarulhos.