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Novembro de 2024
Estado

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Líder religiosa diz que 'não poderá pregar sobre viadagem' se o PT governar o país

Em Luziânia, ela ainda afirmou que na comunidade cristã em questão "não se pode ter petistas". Publicação foi realizada após o 1º turno das eleições e teve grande repercussão na internet

Foto: Reprodução/Youtube
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Líder religiosa Débora Mendes, em Luziânia, Goiás

19 outubro, 2022

As falas de uma líder religiosa de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, tiveram grande repercussão nas redes sociais, após ela dizer que "não poderá pregar sobre viadagem", caso o Partido dos Trabalhadores seja eleito para governar o país. Na mesma ocasião, Débora Mendes ainda afirmou que na comunidade cristã em questão "não se pode ter petistas" e diz que os princípios cristãos não "coadunam" com os do partido. "A gente não vai poder pregar sobre viadagem, não vai poder pregar sobre questão de pornografia. Não vamos ter a liberdade de dizer que pecado é pecado, que homem é homem e mulher é mulher", disse. "Não acredito que na comunidade tenha algum petista. Nem pode ter, porque é um plano de governo. Não coaduna com nossos príncípios cristãos", complementou. A fala foi dita pela líder religiosa após o primeiro turno das eleições para a Presidência da República de 2022, mas teve maior repercussão nas redes sociais desde o último final de semana. O g1 entrou em contato com a líder, a Comunidade Mel de Deus e a Diocese de Luziânia para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O g1 ainda questionou a igreja e a Diocese se foi tomada alguma providência acerca das falas ditas pela líder. A reportagem também entrou em contato com a Comissão de Diversidade Sexual da Seção Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) para um posicionamento sobre possíveis ofensas que possam ter sido configuradas à comunidade LGBT. Também foi solicitado uma posição do Partido dos Trabalhadores (PT). Além disso, a reportagem questionou a Polícia Civil sobre quais possíveis crimes podem ter sido configurados a partir da fala da líder e se foi instaurado algum inquérito policial para a apuração dos fatos. O g1 aguarda retorno de todos os mencionados. No entanto, o crime de homofobia, que é previsto pela Lei de nº 7.716/1989, da Constituição Federal, pode acarretar de um a três anos de prisão. Além de afirmar que a agenda do Partido dos Trabalhadores - e consequentemente, de seu candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - não corresponde com os valores cristãos, e dizer que não poderá pregar "sobre viadagem", caso o candidato do partido governe o país, Débora ainda afirmou não acreditar que exista preconceito no país. "Essa luta de classes e coisas de minorias é uma falácia no Brasil. Nós não temos preconceito no Brasil, precisamos ser muito sinceros", disse. Apesar do vídeo ter sido divulgado na página da Comunidade Mel de Deus, o vídeo foi tirado do ar. A página do facebook da igreja, que se denomina como um "seguimento católico da Diocese de Luziânia", conta com diversas outras publicações em que a líder religiosa Débora Mendes prega para os fiéis.