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Insumos

Laboratório enfrenta falta de insumos e Estado diz que vai priorizar testes de Covid-19 em pacientes internados e mortes suspeitas

Laboratório de Saúde Pública do Tocantins tem atendido pacientes da rede pública e particular de todo estado. Secretaria diz que insumos são de alto custo e estão em falta nos fornecedores

Foto: Reprodução/TV Anhanguera
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Laboratório de Saúde Pública do Tocantins

13 junho, 2020

Palmas (TO) - A partir da sexta-feira (12/6) o Laboratório de Saúde Pública do Tocantins (Lacen) vai priorizar a realização de testes de Covid-19 em pacientes suspeitos que estejam hospitalizados, na rede pública ou privada, e pessoas que morrerem com suspeita da doença. Os demais terão as amostras armazenadas para análise posterior. A decisão foi tomada porque o estado está sem estoque de insumos para atender todos os casos suspeitos. Os testes realizados no Lacem são do tipo RT-PCR, que analisa amostras do paciente em busca de traços do DNA do coronavírus mesmo que o corpo ainda não tenha produzido anticorpos. De acordo com a Secretaria de Estado Da Saúde (SES) os testes para o método RT-PCR sempre foram distribuídos pela Coordenação Geral dos Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB), departamento do Ministério da Saúde. Só que desde o dia 2 de junho o departamento teria comunicado sobre a descontinuidade do abastecimento dos insumos necessários, durante uma videoconferência. A SES afirma que desde então tem intensificado ações para restabelecer o abastecimento e continuar com as testagens. O Lacen tem realizado centenas de testes todos os dias. Nesta quinta-feira (11), por exemplo, segundo o boletim epidemiológico, foram feitos 359 testes de pacientes de diversos municípios do estado. A secretaria afirmou que os insumos utilizados no método RT-PCR são de alto custo e têm enfrentado alta demanda em todo pais. Por isso a rede de saúde pública encontra dificuldade de comprar os itens sob pronta entrega pelos fornecedores. “A SES está com processo emergencial para aquisição dos itens necessários ao restabelecimento da rotina de testagens do Lacen-TO”, disse o estado em nota. Para o conselheiro Estevam Rivello, do Conselho Federal de Medicina, a redução no número de testes realizados pelo estado pode gerar uma falsa impressão de que a doença está controlada. Isso pode fazer o coronavírus se espalhar ainda mais e a quantidade de casos graves aumentar. “A única forma para ter a certeza do território em que a gente tá pisando é a testagem. Sem a testagem adequada nós não temos a capacidade de fazer planejamento algum nos critérios de saúde. Precisamos trabalhar com números sólidos que demonstrem de fato como a gente está andando para que a gente possa passar por esse problema da melhor forma possível”. Segundo o conselheiro, a testagem inclusive precisa ser levada em consideração no momento em que os gestores públicos pensarem em flexibilizar restrições adotadas durante a pandemia.

Fontes: G1 Tocantins / www.poptvnews.com.br