Por Laiane Vilanova
Palmas (TO) - O Governo do Tocantins segue na luta contra o avanço do novo Coronavírus e, apartir de sexta-feira (26/3), passa a integrar o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 criado pelo governo federal. O vice-governador Wanderlei Barbosa, representando o governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, participou da primeira reunião do Comitê que foi conduzida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Na ocasião, o vice-governador Wanderlei Barbosa afirmou que o momento é de união entre os entes federados para dar mais agilidade às ações de enfrentamento à Covid-19. "Os municípios já têm recorrido ao Estado em busca de oxigênio, medicamentos e insumos, situação que nos preocupa bastante. O Governo do Tocantins tem feito a sua parte e estamos aqui, hoje, para estreitar esses laços com o governo federal e pedir esse reforço. Não é hora de encontrar culpados e sim, soluções”, afirmou. O Vice-governador também sugeriu, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que seja permitido dar novo destino às vacinas que estão sendo recusadas por partes de algumas aldeias indígenas. "Essas vacinas têm prazo de validade e nós não podemos correr o risco de perdê-las", enfatizou. O presidente do Senado reforçou o caráter mediador do comitê e se comprometeu a repassar as demandas apresentadas ao presidente da República, Jair Bolsonaro. “Todas as sugestões apresentadas serão levadas ao presidente da República para que possamos agir de maneira conjunta e evitar ações unilaterais. A ideia é aproximar os governadores com o governo federal e não tirar a autonomia dos Estados nesse enfrentamento à pandemia”, explicou. O chefe de gabinete do governador Mauro Carlesse, Sebastião Albuquerque Cordeiro, também participou da reunião.
Demandas
Entre as demandas principais dos governadores, foram solicitadas mais bombas de infusão, oxigênio e medicamentos necessários para a manutenção dos leitos destinados ao atendimento da Covid-19. Foi sugerida também mais celeridade no andamento do Plano Nacional de Imunização (PNI), a isenção tributária na aquisição de vacinas e que representantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan também passem a integrar o Comitê.
O comitê
A criação do comitê foi decidida na última quarta-feira, 24, no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF), e será composto pelo presidente da República Jair Bolsonaro, que será o coordenador-geral. Também integram o comitê os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o procurador-geral da República, governadores, ministros de Estado, entre outros. A princípio, o comitê se reunirá a cada quinze dias ou mediante solicitação do coordenador-geral e terá duração de 90 dias podendo ser prorrogado se os integrantes assim decidirem.