Em rodada de entrevistas à imprensa nesta segunda-feira (03/10), um dia depois de ser reeleito para o cargo, o governador Ronaldo Caiado declarou que seu segundo mandato terá foco no desenvolvimento social e que o objetivo é romper o ciclo da pobreza em Goiás. O governador apontou que o Instituto Mauro Borges (IMB), que é ligado à Secretaria Geral de Governo (SGG), será responsável por levantar dados para aprimorar a eficiência das políticas sociais já existentes e a necessidade de criar novas estratégias para promover a efetiva inclusão dos goianos em vulnerabilidade social. “O foco é fazer com que as políticas sociais tenham consequências imediatas na vida das pessoas”, explicou. Com a casa em ordem, Caiado aposta em uma gestão de excelência. “Seremos referência naquilo que o Brasil e o mundo ainda não conseguiram: combater a desigualdade com competência", frisou. Caiado foi questionado sobre vários outros temas. Em relação ao primeiro escalão do segundo mandato, o governador disse que ainda não é hora de pensar sobre isso e que hoje vai realizar uma série de reuniões com o secretariado atual, com vistas ao novo mandato. Sobre a eleição do presidente da República, Caiado disse que vai respeitar a decisão a ser tomada pelo seu partido (União Brasil) se haverá apoio a algum dos candidatos no 2° turno. O governador falou também em respeito ao Poder Legislativo e aos deputados estaduais e federais eleitos. E lembrou que, quatro anos atrás, foi eleito com apenas 10 deputados de sua base e que, agora, chega para seu segundo mandato com parlamentares aliados em 27 cadeiras da Assembleia Legislativa. Alguns desafios dessa atual gestão foram lembrados pelo governador durante as entrevistas. Como foi liderar uma ação enérgica para enfrentar as dificuldades com o transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia e impedir o aumento da tarifa, que graças ao subsídio do Estado, que já ultrapassa R$ 90 milhões, o valor se mantém em R$ 4,30.O governador falou também sobre o esforço para fiscalizar e cobrar da Enel que ela cumprisse o compromisso de melhorar a distribuição de energia elétrica em Goiás. E que foi graças a essa cobrança do governo estadual que a Enel se movimentou para deixar o serviço no Estado. Assim como os avanços no abastecimento de água conquistados junto à Saneago, que acabou com a escassez hídrica histórica em municípios como Anápolis.
Educação
O trabalho social do governo deve ser ligado, em outra ponta, aos investimentos em educação de qualidade. “A primeira política que nós focamos foi a educação”, pontuou. Desde 2019, o governador investiu R$ 4 bilhões na estruturação do setor, com a reforma de todas as unidades de ensino, além da entrega de laboratórios, kits escolares e uniformes. “Quando eu vejo uma criança com aquele óculos israelense, vejo que isso é governar. Esse aluno pode passar numa faculdade, pode estar em sala de aula e não precisar de ninguém ficar lendo para ele o que está no quadro negro”, afirmou em referência ao equipamento OrCam MY Eye, dispositivo de leitura entregue a mais de 150 estudantes com deficiência visual em Goiás. Nos próximos quatro anos à frente do Executivo Estadual, Caiado pretende reduzir a evasão escolar, agravada pela pandemia de Covid-19. “Não adianta nada querer fazer uma política que seja emancipadora se você tem uma evasão escolar de quase 60% no Ensino Médio. O Bolsa Estudo foi o fator que inverteu essa ordem”, avaliou ao citar o programa estadual que repassa R$ 110 mensais aos estudantes como forma de incentivar a permanência em sala de aula. Hoje, a rede estadual possui 1.049 escolas e atende mais de 500 mil alunos.
Projetos de Lei
Caiado também destacou que vai criar, imediatamente, uma comissão para elaboração de projetos de lei necessários à execução do plano de governo. As matérias serão enviadas à Assembleia Legislativa, cuja nova legislatura possui 27 dos 41 deputados eleitos ligados à base. “Vou inserir nessa comissão o vice-governador Daniel Vilela, para que a gente elabore projetos de leis a serem encaminhados”, destacou.