O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), promoveu nesta quarta-feira (05/10), em Goiânia, encontro de formação com o tema “A Cooperação Entre Estado e Município: Perspectivas para Promoção da Alfabetização”. O evento faz parte das ações do programa AlfaMais Goiás, criado em regime de colaboração entre o Estado e municípios com o objetivo de garantir a alfabetização das crianças na idade certa. O encontro teve como público-alvo secretários municipais de educação, coordenadores regionais e articuladores municipais e regionais do AlfaMais Goiás. O objetivo foi capacitar os gestores escolares no âmbito do programa. Na abertura do evento, a secretária de Educação do Estado, Fátima Gavioli, lembrou que desde 2019, o Governo de Goiás tem feito esforços para fortalecer a rede de colaboração. “Essa rede de colaboração é muito importante porque uma boa educação é responsabilidade de todos e por isso a necessidade de somar esforços com foco nesse objetivo”, destacou a secretária. A programação contou com palestra do professor Márcio Brito, secretário executivo de cooperação com os municípios do Ceará. O professor elogiou o governo estadual por implementar o programa AlfaMais Goiás, iniciativa que, segundo ele, apresentará bons frutos em breve. “Esses resultados não demoram a aparecer porque estamos falando aqui de crianças de 6 e 7 anos de idade, crianças que estão na idade certa e ainda não sofreram nenhum tipo de distorção idade/série”. Secretário municipal de Educação de Rio Verde e presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Goiás (Undime), Miguel Ribeiro acredita que a aprendizagem do aluno não é responsabilidade só do Estado ou do município, mas da rede pública. “Estamos juntos, pois os problemas são os mesmos e muitas vezes não conhecemos a realidade do nosso vizinho [município]”.
Experiência cearense
Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública, Márcio Brito também frisou que, dentro do regime de colaboração, cabe ao Estado a responsabilidade de estimular boas políticas públicas, melhorar a formação continuada dos educadores, instituir programas de avaliação dos estudantes e qualificar os gestores escolares das redes estadual e municipais.
Ao lembrar a experiência do Ceará, iniciada há 15 anos, Márcio afirmou que, em 2007, o cenário no Estado apontava que a cada 10 crianças, sete concluíam o Ensino Fundamental analfabetas. Antes da pandemia, uma nova avaliação foi realizada e o resultado foi que nove entre 10 crianças estavam alfabetizadas ao final do 2º ano do Ensino Fundamental.