Quarta-feira, 27 de
Novembro de 2024
Estado

Prevenção

Governador do Tocantins Wanderlei Barbosa (Republicanos) cria gabinete de crise

O Governador diz que pretende evitar confronto na liberação de estradas

Foto: Patrícia Lauris/g1
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Reunião aconteceu entre forças de segurança ocorreu no Palácio Araguaia

01 novembro, 2022

Wanderlei Barbosa (Republicanos) afirmou que pretende “evitar o confronto” e liberar as rodovias bloqueadas no Tocantins de “maneira pacífica”. O governador falou pela primeira vez sobre o tema na tarde desta terça-feira (1º/11) durante reunião do gabinete de crise criado com as forças de segurança para tratar sobre os bloqueios. A primeira reunião do grupo ocorreu no Palácio Araguaia, em Palmas. “Nós vamos fazer as coisas obedecendo o protocolo de segurança para que não haja confronto, não haja derramamento de sangue. Nós não queremos isso. As nossas forças de segurança são preparadas para o diálogo e também para o cumprimento do que determina nossa Justiça. O processo democrático é para um perder e outro ganhar. O que teve a maioria é o que tem direito ao poder e nós temos que respeitar as urnas”. O Tocantins chegou a 14 trechos de rodovias interditados às 16h15. Os protestos começaram na segunda-feira (31/10) após o segundo turno das eleições presidenciais. Os atos são organizados por militantes que não concordam com o resultado das urnas. O governador disse esperar que o processo não se arraste e que os comandantes das forças de segurança estão se direcionando para os locais dos bloqueios para “tomar as decisões” “Nós queremos pedir aos manifestantes que tenham essa compreensão. Nossas forças estão unidas, a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Civil e Militar. Todos unidos com o mesmo propósito: conversar, esgotar a possibilidade de diálogo para que a gente possa agir para desobstruir as rodovias e permitir o ir e voltar do cidadão que é constitucional”. Wanderlei também tentou tranquilizar a população para que evitem uma corrida aos postos. Em Palmas, longas filas se formaram durante a noite de segunda-feira (31/10) e já há relatos de falta de combustível em alguns estabelecimentos. “Nós queremos tranquilizar a nossa população porque essa paralisação não é 100%. Os próprios manifestantes têm consciência que tem que deixar os carros de combustível passar. O trânsito diminuiu, mas está acontecendo.” As polícias afirmam que estão negociando a liberação das vias. Um dos pontos que permanece interditado fica na principal entrada da, na ponte sobre o lago entre Palmas e Luzimangues. Segundo a Polícia Militar, não há nenhum ponto com bloqueio total no estado, apenas parcial. “A PMTO informa que as operações estão ocorrendo de forma permanente e que está acompanhando todas as movimentações dos manifestantes. O próximo passo será identificar os responsáveis e os proprietários dos veículos utilizados nos bloqueios, o que possibilitará aplicação da multa de R$ 100 mil por hora, conforme decisão expedida pelo STF.” Pela manhã o porta voz da PM disse que o uso da força não está descartado. Durante a reunião do comitê, o comandante-geral Márcio Barbosa reafirmou que se precisar vai tomar medidas mais "enérgicas'", mas antes disso deverá aplicar as multas estabelecidas pelo STF. “A gente está seguindo uma tendência no país inteiro. Em local nenhum do país houve confronto, uso da força das tropas de choque da Polícia Militar porque existe um protocolo a ser seguido. Depois que se esgotarem todos os canais de negociação é que se parte para uma media mais enérgica”, explicou.

Entenda
Os protestos contra o resultado das eleições começaram ainda na madrugada de segunda-feira (31) e se intensificaram ao longo do dia. Nesta terça-feira (1°/11), até meio-dia, dez trechos de rodovias federais e estaduais seguiam bloqueados no Tocantins. Ainda na noite desta segunda-feira (31) a Justiça Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) determinaram a liberação das estradas. Nesta terça-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes reiterou que as polícias militares dos estados são capazes de desobstruir rodovias federais bloqueadas e identificar, multar e prender os responsáveis. O porta voz da PM afirmou que os militares tentam negociar com os manifestantes e disse que poderá usar a força para liberar as estradas.