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Repercussão

G1 Goiás faz 10 anos: casos de grande repercussão

Acidentes, como os que mataram Cristiano Araújo e Fernandão, abalaram não só os goianos, mas todo o país. Crimes e investigações impactaram os leitores

Foto: Renata Costa/TV Anhanguera
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João de Deus, ao deixar unidade de saúde em Aparecida de Goiânia

24 julho, 2021

Goiânia (GO) -  Ao longo de 10 anos de existência, que serão completados no próximo dia 29, o G1 Goiás noticiou os principais fatos do estado. Acidentes, crimes e investigações ganharam repercussão em todo o país. Entre os casos mais marcantes estão as mortes de ídolos, como o cantor Cristiano Araújo e o ex-jogador Fernandão. O atentado a uma escola e os homicídios cometidos por um serial killer também chocaram a população. O G1 Goiás publica nesta semana uma série de reportagens para lembrar um pouco da trajetória do site ao longo dos seus 10 anos.

Veja dez casos de grande repercussão no estado:
O contraventor Carlinhos Cachoeira foi apontado como líder de um esquema de exploração ilegal de caça-níqueis em Goiás. Ele já foi condenado por corrupção, peculato, violação de sigilo e organização criminosa. Porém, a defesa sempre alegou inocência. Cachoeira já foi condenado e presos várias vezes, a primeira delas em fevereiro de 2012, na Operação Monte Carlo. Em maio de 2018, ele foi condenado por fraude em loteria no Rio de Janeiro. O empresário chegou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, mas o equipamento foi retirado após ele progredir para o regime aberto.

Pedro Leonardo
O cantor Pedro Leonardo, filho do sertanejo Leonardo, sofreu um acidente de carro no dia 20 de abril de 2012 próximo à cidade de Tupaciguara (MG), na divisa com Goiás, logo após um show. Na época, ele fazia dupla com o primo Thiago. Pedro Leonardo chegou a ficar internado em Itumbiara e em Goiânia, mas depois foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele teve politraumatismo na cabeça, chegou a ter duas paradas cardíacas e perder quase 30 kg. Ao todo, o cantor ficou 81 dias hospitalizado, sendo 30 em coma. O processo de recuperação foi longo e, nesse período, pausou a carreira musical. Agora, recuperado, voltou aos palcos e também trabalha como apresentador de TV.

Chacina em Doverlândia
No dia 28 de abril de 2012, sete pessoas foram brutalmente assassinadas em uma fazenda na cidade de Doverlândia, no sul de Goiás. No dia 8 de maio, o helicóptero da Polícia Civil que levava a equipe para a reconstituição do crime caiu, matando o suspeito, cinco delegados e dois peritos criminais. Um relatório concluído em 2016 apontou que uma falha no motor causou a queda da aeronave. Porém, não foi possível identificar a causa dessa pane. O inquérito sobre a queda só foi concluído em 2018, indiciando três pessoas, que não tiveram cargos ou identidades divulgadas.

Serial Killer
Ao longo de 2014, várias jovens morreram em diferentes pontos de Goiânia. As características dos crimes eram sempre semelhantes, o que levantou a suspeita de um serial killer. No dia 14 de outubro, a polícia prendeu o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha como suspeito da sequência de assassinatos. Detido deste então, ele já foi condenado por 30 homicídios, além de posse de arma. Durante os julgamentos, o vigilante disse algumas vezes que não se lembrava de detalhes dos crimes e que era tomado de uma raiva muito grande.

Morte do Fernandão
Ídolo do Goiás e do Internacional, o ex-jogador Fernando Lúcio da Costa, de 36 anos, conhecido como Fernandão, morreu no dia 7 de julho de 2014 após o helicóptero em que ele estava cair em Aruanã, a 315 km da capital. Outras quatro pessoas estavam na aeronave e também morreram. Um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu que o helicóptero estava em situação regular e que o piloto não havia bebido, mas errou ao fazer um voo noturno, já que não tinha habilitação para isso.

Morte de Cristiano Araújo
O cantor Cristiano Araújo e a namorada dele, Allana Moraes, morreram em um acidente de carro em Morrinhos, no sul goiano, em 24 de junho de 2015, quando voltavam de um show. O motorista e o empresário do artista também estavam no veículo, mas sobreviveram. Uma multidão acompanhou o sepultamento. As investigações apontaram que Cristiano e a namorada estavam sem cinto. Segundo a polícia, o veículo estava a cerca de 180 km/h quando o pneu estourou e houve o acidente. O motorista foi condenado a 2 anos e 7 meses de detenção, em regime aberto, pelo crime. Um projeto que reunirá músicas inéditas deixadas pelo cantor ainda não tem data para ser lançado.

Colégio Goyases
Em outubro de 2017, um aluno de 14 anos entrou na escola em que estudava e, usando a arma da mãe, que é policial militar, atirou contra colegas dentro da sala de aula. Dois garotos de 13 anos morreram. Outros quatro foram baleados, mas sobreviveram. Segundo as investigações, o atirador sofria bullying e, inspirado em outros massacres dentro de escolas, cometeu o ato. Ele cumpriu medida socioeducativa por quase três anos e foi liberado.

João de Deus
No dia 7 de dezembro de 2018, mulheres denunciaram que foram abusadas sexualmente por João de Deus durante atendimentos espirituais na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. Ele sempre negou as acusações. Uma força-tarefa foi criada para investigar os crimes e mais de 300 denúncias foram recebidas. João de Deus foi preso no dia 16 de dezembro daquele ano. Desde então, já foi condenado por posse ilegal de arma e crimes sexuais contra 10 mulheres. Atualmente, cumpre pena em regime domiciliar.

Padre Robson
O Ministério Público realizou a Operação Vendilhões em agosto de 2020 para investigar supostos desvios de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade responsável pelo Santuário Basílica, que teriam sido cometidos por padre Robson de Oliveira. Doações de fiéis teriam sido usadas para a compra de fazendas, casa na praia e até um avião. O religioso sempre negou as acusações O processo começou após uma investigação que apurou extorsões de dinheiro feitas por hackers contra o padre para que um suposto relacionamento amoroso dele não fosse divulgado. O Tribunal de Justiça e o Superior Tribunal de Justiça determinaram que as investigações fossem bloqueadas.

Fuga e morte de Lázaro Barbosa
Investigado em mais de 30 crimes, Lázaro Barbosa fugiu durante 20 dias da polícia em junho de 2021 após a morte de uma família em Ceilândia, no Distrito Federal. Para localizá-lo, foi montada uma força-tarefa com cerca de 300 integrantes de várias forças de segurança. Além de forte armamento, foram usados cães farejadores, drones com visão térmica e rádios do Exército. O fugitivo foi baleado durante confronto e acabou morrendo a caminho do hospital, em Águas Lindas de Goiás. A polícia investiga se ele tinha apoio de pessoas para fugir e se atuava como um jagunço a mando de fazendeiros da região.

Fontes: G1 Goiás / www.poptvnews.com.br