Raione Carneiro de Sousa, de 39 anos, que se passava por um corretor foi preso suspeito de tentar dar um golpe na venda de dois lotes que não eram dele, em Caldas Novas, no sul de Goiás. Segundo a Polícia Civil, os imóveis são avaliados em R$ 1,5 milhão. O g1 não conseguiu localizar o contato da defesa dele até a última atualização desta reportagem. À polícia, ele negou os crimes. A prisão aconteceu na última sexta-feira (8). Ele é investigado pelos crimes de estelionato e falsidade documental. O comparsa dele, João Paulo Lima Assunção, é procurado pela polícia e é considerado foragido. Ele era quem realizava os trâmites cartorários para a venda dos imóveis. A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Raione e em outros endereços vinculados ao seu nome. Foram apreendidos documentos de imóveis como procurações, contratos de compra e venda, escrituras, telefones celulares, talões de cheques, quase R$ 5 mil e dois carros, um Fiat Argo HGT e uma Bmw X1. Raione conseguiu uma procuração falsa que dava permição para vender dois lotes avaliados em R$ 1,5 milhão que tem grande potencial comercial em Caldas Novas. Com esse documento, ele tentou vender os bens por R$ 850 mil chegando a iniciar os trâmites cartorários de escrituração. A investigação identificou a dona do imóvel que mora nos Estados Unidos, e segunda ela, a última vez que esteve no Brasil foi em 2021. Uma outra mulher, que ainda não foi identificada, se passou por ela em um cartório de Brasília, no DF, e conseguiu a procuração por falsidade ideológica. Segundo a PC, em 2022, Raione foi indiciado pela prática de um golpe em que usou uma procuração com assinaturas falsificadas para transmitir vários imóveis de um empresário do ramo hoteleiro para ele. Um comparsa se passou pelo empresário em um cartório de Caldas Novas, reconhecendo firma de forma fraudulenta. Esse comparsa foi preso no início deste ano por se passar por uma outra pessoa para realizar atos fraudulentos em um cartório da cidade. Raione tem passagens por estelionato, falsificação de documentos, porte ilegal de arma de fogo e outros. Após a prisão, ele foi encaminhado ao presídio local. Segundo a Polícia Civil, a divulgação do nome e da imagem dos envolvidos tem o objetico de identificar outras possíveis vítimas e de evitar que novas pessoas passem pelo golpe.
Estado