Segunda-feira, 29 de
Abril de 2024
Estado

Interrogação

Deputados questionam secretário de Saúde sobre enfrentamento à pandemia

Edgar Tollini esclareceu que 10,65% da população no Estado foi vacinada até o momento, número que sobe para mais de 90% dos grupos prioritários em municípios como Dueré e Talismã

Foto: Clayton Cristus
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Audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira, 29, na reunião da Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle

29 abril, 2021

Por Glauber Barros

Palmas (TO) - A prestação de contas da Secretaria de Estado da Saúde relativa ao terceiro quadrimestre de 2020 foi motivo de uma audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira, 29, na reunião da Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle. Passada a fase inicial da exposição dos números, porém, as perguntas de deputados e representantes de outras entidades dirigiram a audiência para as preocupações sobre o combate à pandemia da covid-19. Em resposta, o secretário Edgar Tollini esclareceu que 10,65% da população no Estado foi vacinada até o presente momento, número que sobe para mais de 90% dos grupos prioritários em municípios como Dueré e Talismã. Sobre as investigações da CPI do Senado Federal   quanto a repasses federais para os Estados, Tollini considerou o Tocantins um alvo pouco provável. De acordo com ele, entre as linhas de investigação como compra de ventiladores, testes rápidos, hospitais de campanha ou cilindros de oxigênio, o Estado apenas apresentou problemas pontuais em Porto Nacional e Tocantinópolis. “O Tocantins não entrou no radar da crise do oxigênio. Aqui também não se fechou nenhum leito. Só se aumentou”, afirmou o secretário. O gestor também distribuiu queixas. Alegou dificuldades de encontrar os indígenas, ainda que quatro mil e trezentos deles tenham recebido a primeira dose, e três mil, a segunda. Atribuiu às empresas contratadas, sem citar quais, falhas no fornecimento. Responsabilizou prefeitos pela suposta demora para buscar as vacinas já recebidas do Ministério da Saúde. “Alguns municípios não buscaram [as vacinas] por duas semanas”, disse Tollini, sem mencionar quais. Sobrou também para as autoridades federais. “No Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), chamei a atenção de que faltariam kits de intubação. Em setembro [do ano passado], a Pfizer [farmacêutica produtora de uma das vacinas] ofereceu vacinas ao governo federal”, declarou Tollini, que comentou não ter entendido a falta de sequência dessas ações. Em declarações à imprensa, o então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, alegara a resistência a “cláusulas draconianas” de contrato oferecidas por multinacionais do setor, entre elas o veto à responsabilização judicial por efeitos colaterais das vacinas.