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Prevenção

Da flexibilização ao lockdown: relembre medidas tomadas pelo Governo do Tocantins para conter o coronavírus

Nesta sexta-feira, governo decretou bloqueio completo em mais de 30 cidades no estado

FoFoto: Tharson Lopes
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Jornalista Élcio Mendes, secretário de comunicação do governo do Tocantins

16 maio, 2020

Palmas (TO) - Na sexta-feira (15/5) o Governo do Tocantins decidiu decretar 'lockdown', ou bloqueio total, em mais de 30 cidades do interior do estado. A medida é uma das formas de combate ao novo coronavírus. Desde que a pandemia começou, o governo estadual adotou medidas que restringiram aglomerações e outras que acabaram sendo alvo de críticas por flexibilizar o funcionamento de serviços não essenciais.

Relembre as medidas tomadas até agora

13 de março - suspensão das aulas

A primeira medida para frear a circulação de pessoas no estado foi tomada no dia 13 de março, quando ainda não haviam casos confirmados da doença. Um caso suspeito entrou na lista do Ministério da Saúde e por isso o governo decidiu suspender as aulas na rede pública de ensino.

16 de março - eventos suspensos e jornada alterada

Três dias após a primeira medida, o estado ainda não havia confirmado nenhum paciente com o novo coronavírus. O número de casos suspeitos havia subido para três e por isso foram suspensos eventos que pudessem gerar aglomerações e a jornada de trabalho dos servidores foi alterada para seis horas corridas, ao invés de oito horas com intervalo. O objetivo era evitar deslocamentos para o almoço por parte de funcionários públicos.

18 de março - primeiro caso confirmado e situação de emergência

No dia 18 de março o resultado do exame da primeira paciente confirmada com a doença no estado foi divulgado. Na mesma data, foi declarada situação de emergência em todo o Tocantins. O decreto permitia uma série de ações de combate, mas falava sobre o funcionamento do comércio. Logo depois, a Prefeitura de Palmas suspendeu o funcionamento dos serviços não essenciais na capital por um decreto municipal.

27 de março - prefeituras decidem sobre o comércio

Quando o estado atingiu a marca de nove casos confirmados na doença, ainda não estava claro como ficaria a situação do comércio. Neste dia, o Governo do Tocantins emitiu uma nota informando que as decisões sobre eventuais suspensões cabiam as prefeituras. Nos dias que se seguiram, vários municípios decidiram liberar o comércio, incluindo Araguaína, e os casos foram parar na Justiça. Houve municípios que ganharam o direito de manter a flexibilização e outros em que as medidas foram derrubadas por juízes.

14 de abril - liberação com comercio é recomendada

Após 30 dias da primeira medida de isolamento, o Governo do Tocantins emitiu uma recomendação para que todos os prefeitos do estado reabrissem o comércio não essencial. Como não havia decreto que determinasse o fechamento dos estabelecimentos, cada gestor deveria decidir como isso seria feito e quais medidas de segurança seriam adotadas. Naquela data, o Tocantins tinha 26 casos confirmados da doença. Na época, Mauro Carlesse disse que a medida havia sido tomada após 'analisar os dados da saúde'.

15 de abril - primeira morte no estado

O dia seguinte da recomendação para reabertura do comércio foi marcado pela primeira morte por Covid-19 no estado. A servidora da saúde Francisa Romana Sousa Chaves tinha 47 anos e morreu após vários dias internada em Palmas.

20 de abril - hospitais de campanha são anunciados

O Governo anunciou no dia 20 de abril que pretendia construir hospitais de campanha em três cidades: Palmas, Araguaína e Gurupi. O objetivo seria criar novos leitos de UTI e desafogar as unidades de referência. Nesta data o Tocantins tinha 35 casos confirmados da doença. Até o dia 15 de maio, nenhum dos hospitais anunciados tinha começado a ser constru'ido. O secretário de Saúde, Edgar Tollini, se irritou com questionamentos a respeito dos custos do projeto e disse durante audiência na Assembleia Legislativa que os críticos iriam pedir "de joelhos" pelas unidades.

27 de abril - prorrogada suspensão das aulas

Nesta data o estado tinha 79 casos confirmados da doença. Além da suspensão das aulas, prorrogada até o fim de maio, também ficou decidido que a jornada reduzida para servidores públicos continuaria em vigor. Não houve alteração no decreto recomendando reabertura do comércio. Nesta época, Palmas era a única das cinco maiores cidades do Tocantins que mantinha os serviços fechados.

5 de maio - cai a recomendação para abrir o comércio e máscaras se tornam obrigatórias

No começo de maio o ritmo de contágio do novo coronavírus acelerou rapidamente no Tocantins. Quando o estado passou da marca de 300 casos confirmados e já registrava sete mortes o governo decidiu recuar da recomendação para reabrir o comércio nos municípios. Além disso, entendeu que era o momento de tornar as máscaras obrigatórias em todas as áreas públicas no estado.

15 de maio - lockdown no interior

Nesta sexta-feira (15), após o Tocantins ultrapassar a marca de 1,1 mil casos e mais de 20 mortes por coronavírus, o governo decidiu adotar o 'lockdown', ou bloqueio total, em algumas cidades. São 33 municípios, a maioria na região norte do estado. A maior cidade na lista é Araguaína, que concentra o maior número de casos em todo o Tocantins, com quase 500 pacientes. O governo disse que levou em consideração a ocupação de leitos na rede hospitalar e a evolução da pandemia para tomar a decisão.

Fontes: G1 Tocantins / www.poptvnews.com.br