Quarta-feira, 27 de
Novembro de 2024
Estado

Barradas

Candidatas são barradas em prova por não terem vacinado contra o Covid

Analista viajou cerca de 500 km para fazer a prova em Palmas. Mulher conta que exigência do passaporte só foi publicada após o período de inscrição e pagamento

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Natália Abdala e Amanda Keury foram barradas na porta de escola — Foto: Reprodução/Redes Sociais

20 fevereiro, 2022

Duas candidatas foram impedidas de realizar a prova do concurso da Petrobras em Palmas (TO),  neste domingo (20/2), por não apresentarem comprovante de vacinação contra Covid-19. O fato foi registrado na escola municipal Almirante Tamandaré, na região sul da cidade. Uma das candidatas é a analista Amanda Keury da Silva Santos, que saiu de Luiz Eduardo Magalhães (BA) para fazer a avaliação na capital do Tocantins. “Eu me inscrevi no concurso, me desloquei 500 km para realizar prova, gastei com viagem, estadia e alimentação. No primeiro edital lançado não constava nada sobre cartão de vacinação e por isso realizei o pagamento da inscrição em janeiro. No local da prova fui informada que só poderia fazer a prova quem tivesse a carteira de vacinação”, contou. A exigência do comprovante de vacina contra Covid-19 foi estabelecida em um edital complementar publicado no dia 11 de fevereiro, após o fim do prazo para pagamento da taxa de inscrição, para os candidatos que fossem fazer a prova em Palmas. O g1 questionou o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) - responsável pelo concurso -, sobre os casos, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. “Eu creio que foi um erro não terem divulgado essa exigência antes do período de pagamento da inscrição. Pelo que eu vi o edital que exige foi publicado em fevereiro, sendo que o pagamento foi finalizado em janeiro [...] Não me vacinei, foi uma opção minha. Acredito eu que é um direito meu não me vacinar”, afirmou. A segunda candidata barrada foi a analista de sistemas Natália Abdala Rosa. Ela vive em Palmas desde 2019 e relatou que as duas foram obrigadas a deixar o local de prova. "Pedi um documento assinado explicando o motivo de não poder fazer a prova. Me mandaram para a sala da coordenação, o pessoal não quis assinar nenhum documento [...] Eu tentei ligar para polícia, mas colocaram a gente para fora. Não tomei a vacina, mas ainda sou um cidadão livre. É um direito de escolha, isso é discriminação", disse.

Passaporte da vacina

O comprovante de vacinação contra Covid-19 é exigido em todo estado para eventos com mais de 200 pessoas, seguindo decreto estadual. Muitos municípios também exigem a comprovação para entrada em prédios públicos. Em Palmas, o passaporte da vacina é exigido para entrada e permanência em todos os órgãos e entidades públicas municipais. A regra se aplica tanto aos servidores como aos moradores que procurarem os locais para serviços.