Goiânia (GO) - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do DEM, decidiu exonerar, na quinta-feira (7/1), o assessor especial do governo Paulo Daher depois que ele entrou na Justiça Eleitoral com duas ações para pedir a cassação do diploma do prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela, do MDB, que está afastado para tratar complicações do coronavírus, e do vice-prefeito Rogério Cruz. Por telefone, Daher disse à produção da TV Anhanguera que respeita a decisão de Caiado. Alegou ainda que seu cargo é de confiança, mas que o seu posicionamento sobre a situação era de conhecimento público antes mesmo da eleição. Paulo Daher é presidente estadual do PMN e ex-vereador de Goiânia. No pedido, o partido alega que houve fraude na eleição municipal e que a campanha de Maguito Vilela teria divulgado informações falsas sobre seu estado de saúde. Na ação, a legenda diz que termos usados nos boletins médicos, como "estável" e "em recuperação", deram a falsa ideia para os eleitores sobre a melhora do político, quando em alguns momentos houve piora. Segundo o recurso, a divulgação dessas supostas falsas informações comprometeu a eleição e prejudicou a disputa entre os candidatos. O PMN fala também no pedido que, tanto no 1º quanto no 2º turno, na diplomação e na posse, Maguito Vilela não tinha condições exigidas na Constituição Federal para assumir o cargo. A legenda pede ainda que os médicos do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, prestem esclarecimentos sobre todas as informações divulgadas nos boletins durante a campanha. Pessoas ligadas ao governador Ronaldo Caiado disseram que ele considerou essas ações "desrespeitosas" e que não aceita este tipo de postura no governo estadual. Logo depois de tomar a decisão, o governador entrou em contato com o presidente estadual do MDB e filho do prefeito licenciado, Daniel Vilela, para prestar apoio. Maguito Vilela está internado no Albert Einstein desde 27 de outubro passado. Apresentou melhora e piora no quadro de saúde diversas vezes. Nesta quinta, o político teve nova infecção nos pulmões e precisou de sedação mais forte para o novo tratamento. O prefeito licenciado testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro do ano passado. Dois dias depois, foi internado em um hospital de Goiânia. Em 27 de outubro, ele recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos pulmões e foi transferido para São Paulo. Em 30 de outubro, Maguito foi entubado, pela primeira vez, após piora no quadro respiratório. Em 8 de novembro, ele voltou a respirar sem o equipamento. O político apresentou piora e foi entubado novamente em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições. No dia 11, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por uma cirurgia para controlar o quadro.
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