Por Raimundo Lira
Entrevista com Dorisleila Gomes dos Santos na intimidade “Doris”, bacharel em direito e candidata a vice-prefeito em Anápolis (GO)
Site – Doris, como você vê a participação da mulher na política brasileira?
Doris – A mulher em si é de gênero muito forte, ela tem força; com relação a participação dela na política no Brasil ainda é muito tímida , são poucas as que realmente participam.
Site – Você acha que existe o maxismo dentro dos partidos políticos e se existe realmente, este fato inibe a participação da mulher nas atividades partidárias?
Doris – Não, não vejo desta forma. O que vejo é a forma complicada dos partidos para facilitar a sua participação num projeto político ou até mesmo, numa participação direta num processo eleitoral. O que precisa mesmo são os partidos dar mais oportunidades para as mulheres participarem de todos os processos eleitorais inclusive das campanhas eleitorais.
Site – Existe mesma esta dificuldade no momento em que uma mulher propõe se filiar num partido político, participar ativamente de todas as ações partidárias e até se candidatar a um cargo eletivo?
Doris – Claro sim; agora mesmo nestas eleições municípais no Brasil, a mulher tem sentido na pele, discriminações ao se candidatar e se candidata, ela quase não participa da campanha. Em Goiânia, uma candidata à prefeita teve que entrar no justiça para ter os seus direitos garantidos e conseguir registrar sua candidatura; isto é uma coisa incrível.
Site – Dizem que o maior economista no Brasil, é a mulher; ela é quem sente os primeiros impactos econômicos, começando pelo gás de cozinha. Porque então, ela não participa mais das decisões para mostrar sua força, competência e até indignação diante dos desmandos de quem comanda a política econômica brasileira se é que tem comando?
Doris – Sim, como foi frisado: a mulher é uma grande economista, ela é quem administra a economia do seu lar. O que está faltando à ela, é botar para fora toda sua competência e usar de forma racional, o seu empoderamento. O empoderamento da mulher hoje no Brasil – graças a seus esforços e conquistas – é uma realidade.
[Anápolis tem uma filha que é prefeita em Palmas (TO), a Cinthia Ribeiro (PSDB). Cinthia é fortíssima candidata a reeleição com índices altíssimos nas pesquisas de intenções de votos e deverá se reeleger prefeita de Palmas. Aí em faço uma pergunta: porque nós anapolinos, não conseguimos eleger uma mulher prefeita em nossa cidade? Então, vou repetir sem medo de errar: “ Quero ser a primeira mulher prefeita de Anápolis”]
Site – Aqui em Anapolis, existem três candidatas à vice-prefeitas, você é uma delas. Então lhe pergunto: já é o primeiro passo para a participação efetiva da mulher na política anapolina?
Dores – Sim, sim...pausa: claro. Conseguimos conquistar três vagas de vice-prefeitas nesta eleição para prefeito de Anápolis; este feito foi um grande sinal e uma oportundiade para elas dizerem: “ Olha estou aqui e quero ser prefeita de Anápolis”.
Site - Então, fale agora um pouco da sua candidatura de vice-prefeita em Anápolis?
Doris – Olha, sou candidata à vice-prefeita na chapa do candidato a prefeito José de Lima, estou feliz e trabalhando muito nesta campanha eleitoral, visitando no possível, bairro por bairro e rua por rua. Nesta chapa eu represento as mulheres. A cidade de Anápolis - capital econômica do estado de Goiás - precisa eleger uma prefeita; já está na hora e eu independente dos resultados desta eleição para prefeito, quero ser a primeira mulher prefeita da cidade de Anápolis. Vou aprofeitar a oportunidade para citar uma fato curioso: Anáplis tem uma filha prefeita em Palmas (TO), a Cinthia Ribeiro (PSDB); Cinthia é fortíssima candidata a reeleição com índices altíssimos nas pesquisas de intenções de votos e deverá de reeleger, prefeita de Palmas: Porque então, nós anapolinos, não conseguimos eleger uma mulher prefeita nesta cidade? Vou repetir sem medo de errar: “ Quero ser a primeira mulher prefeita de Anápolis”.