Sábado, 23 de
Novembro de 2024
Direito & Justiça

Prisão

Preso em Goiás suspeito de roubar e matar policial federal aposentado em fevereiro deste ano, em Minas Gerais

Moacyr Ferreira da Silva, de 62 anos, foi morto com um golpe de foice. Suspeito trabalhava na chácara do agente quando o matou e fugiu levando celular, arma e a caminhonete dele

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Policial federal aposentado Moacyr Ferreira da Silva, de 62 anos, foi morto com golpe de foice, em Minas Gerais; suspeito foi preso em Goiás

14 agosto, 2021

Alexânia (GO) - Um homem de 40 anos foi preso em Goiás, na manhã de sábado (14/8), suspeito de ter roubado e matado com um golpe de foice o policial federal aposentado Moacyr Ferreira da Silva, de 62 anos, em Minas Gerais. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito estava trabalhando na chácara do agente quando o matou e fugiu levando um celular, a arma e a caminhonete dele. O crime aconteceu em fevereiro deste ano no distrito de Serra Bonita, em Buritis (MG). O suspeito foi localizado em Alexânia, no Entorno do DF, e preso preventivamente. A polícia de Minas informou que ele usava documentos falsos para conseguir “fugir” da condição de foragido da Justiça. Como o nome do suspeito não foi divulgado, o G1 não conseguiu contato com a defesa dele para que se posicionasse. A Polícia Civil disse que ele confessou o crime e alegou que havia de "desentendido" com a vítima. A corporação informou que o detido ofereceu serviços à vítima no dia 5 de fevereiro deste ano. Três dias depois, na data combinada para a construção de uma cerca na chácara do policial, testemunhas relatam que o investigado se apresentou empolgado para o serviço. De acordo com as investigações, por volta de 11h daquele dia, o policial saiu do local da cerca e foi almoçar com a esposa. Em seguida, ele levou uma marmita ao funcionário e, chegando ao local, foi surpreendido com um golpe de foice, sem ter chances de defesa, conforme informou a polícia. O suspeito fugiu levando seus pertences. O veículo do policial levado pelo investigado foi localizado abandonado e incendiado na cidade de Brazlândia, no Distrito Federal, no mesmo dia do crime. De acordo com a polícia, ele se desfez do celular, mas permaneceu com a arma de fogo da vítima. Conforme a delegada Gabriela Mol, responsável pelas investigações, o suspeito agia sempre da mesma forma. Ela explicou que ele se aproximava das vítimas com a intenção de trabalhar, geralmente em chácaras do Distrito Federal, mas, conforme apontou as investigações, aos poucos o suspeito ia revelando uma personalidade violenta.

Investigações
As investigações duraram cinco meses e, conforme informou a Polícia Civil de Minas Gerais, foram localizadas ocorrências criminais semelhantes ao modo de o suspeito agir em Goiás e Distrito Federal, ainda sem identificação do suspeito, mas com reconhecimento das mesmas características físicas e de caligrafia do investigado. “Um dos inquéritos policiais na cidade de Planaltina de Goiás, que apura o desaparecimento e provável homicídio de uma família com duas crianças, foi fundamental para a qualificação do suspeito”, disse a delegada. A identidade do foragido foi confirmada por meio de laudo papiloscópico realizado numa ocorrência de furto registrada no Distrito Federal. O documento continha os mesmos dados do suspeito investigado pelos desaparecimentos em Goiás.

Passagens criminais
A delegada informou ainda que dentre as passagens policiais do suspeito, estão condenações por extorsão com emprego de arma de fogo, por estupros e roubo no Distrito Federal, homicídio praticado durante fuga de presídio de Tocantins, furtos, lesões corporais, uso de documento falso e a atual investigação pelo crime de latrocínio em Minas Gerais, que resultou na ordem de prisão. A Polícia Civil informou que ele está detido no presídio de Alexânia, mas será recambiado ao sistema prisional mineiro. O foragido foi detido durante a operação “Dragão Vermelho” que é uma referência ao filme que trata do famoso serial killer Hannibal Lecter e a capacidade da polícia de compreender a mente do criminoso para desvendar seus crimes.