Sexta-feira, 22 de
Novembro de 2024
Direito & Justiça

Decisão

Motorista que atropelou cavalaria da PM e matou égua passa a responder por lesão corporal

Na ocasião, uma égua da cavalaria morreu. Homem foi chegou a ser pronunciado para ir a júri popular pelo caso em que foi pronunciado; ele responde ele liberdade

Foto: Divulgação/Polícia Militar
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Cavalos da PM foram atropelados em Goiás por casal suspeito de furtos a residência

05 dezembro, 2022

Um motorista que foi denunciado por tentativa de homicídio após jogar carro contra a cavalaria da Polícia Militar passa a responder pelo crime de lesão corporal, após decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Na ocasião, uma égua da cavalaria morreu. A decisão foi emitida após recurso do denunciado. O documento foi assinado pela desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, na sexta-feira (2), após o suspeito recorrer da pronúncia emitida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que havia encaminhado o homem a júri popular. O g1 não localizou a defesa do motorista para se manifestar sobre o caso até a última atualização desta reportagem. Na decisão, a desembargadora justificou que ainda que "os policiais tenham afirmado que o acusado acelerou o veículo intencionalmente em direção das vítimas (os policiais da cavalaria), tal versão não ficou demonstrada e está em desacordo com as perícias realizadas no local do fato, bem como com os depoimentos colhidos em juízo". "Difícil afirmar que o recorrente agiu com intenção de matar as vítimas, restando evidente a ausência de intenção de matar, concluindo-se sob o prisma de ele ter cometido lesão corporal e não tentativa de homicídio", escreveu Carmecy. O caso aconteceu no dia 30 de outubro de 2020. Na época, a polícia informou que, durante um patrulhamento, o homem que estava em um automóvel suspeito de estar sendo utilizado para a prática de furtos em casas não obedeceu a ordem de parada dos agentes. Na denúncia por tentativa de homicídio que foi realizada pelo Ministério Público em novembro de 2020, o órgão também informou que o homem teria entrado em uma rua e, "ao notar que o cerco estava se fechando", em uma rua onde policiais se encontravam montados em cavalos, "acelerou o carro na direção do animal". "Nesse momento, o denunciado passou o veículo sobre o animal, matando-o", diz o documento. A denúncia também explica que, em seguida, o homem teria acelerado o carro na direção de outro animal que era montado por outra militar, que doi arremessada para o alto. Após o atropelamento, a ocorrência da PM informa que um policial atirou contra o carro dos suspeitos e acertou a perna do motorista. Ele foi socorrido para o Hospital de Urgências de Goiânia. Na época, ele foi preso pela polícia, mas de acordo com o juiz Jesseir Coelho, agora responde em liberdade.