Sábado, 23 de
Novembro de 2024
Direito & Justiça

Evidências

Filho de Valério Luiz diz que relatos de testemunhas durante júri reforçam envolvimento dos réus no assassinato do radialista

Colegas de trabalho do radialista falaram sobre clima de animosidade entre Maurício Sampaio e o radialista, em 2012, quando o time passava por fase ruim. Réus negam terem cometido o crime

Foto: Leicilane Tomazini/O Popular
post
Valério Luiz Filho fala sobre júri popular que julga os acusados de matar seu pai, Valério Luiz, em Goiânia, Goiás

09 novembro, 2022

O advogado Valério Luiz Filho, que trabalha como assistente de acusação no caso do pai, Valério Luiz, comentou na terça-feira (8/11) que os relatos das testemunhas durante o júri popular reforçam o envolvimento dos réus no assassinato do radialista. Os réus negam terem cometido o crime. Para o advogado, um dos depoimentos mais importantes na segunda-feira (7/11), que foi o 1º dia de julgamento, foi o do delegado Hellyton Carvalho, responsável pelas investigações. No geral, Valério Filho avaliou que o primeiro dia de depoimentos foi bom. "Ele mostrou toda a dinâmica dos fatos, como o crime foi organizado pelo Urbano e o Djalma, que eram os seguranças do acusado de ser o mandante, o Maurício Sampaio. Mostrou também as ligações entre ele e o Figueredo, acusado de ser o autor dos disparos. Era o Urbano que estava na porta esperando meu pai para dar 'o ok' para o Figueredo. Isso foi mostrado ali para os jurados", destacou Valério.

Veja as denúncias contra cada réu:

Maurício Sampaio, apontado como mandante;
Outros depoimentos importantes, segundo Valério, foram prestados por colegas de trabalho do pai, na época, e que eles relataram o clima de animosidade entre Maurício Sampaio e o radialista, que se desencadeou por causa de críticas contra a diretoria do Atlético-GO, do qual Sampaio fazia parte.
Ademá Figueredo Aguiar Filho, apontado como autor dos disparos que mataram Valério;
Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria ajudado os demais a planejar o homicídio do radialista;
Djalma Gomes da Silva, que teria ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações. Outros depoimentos importantes, segundo Valério, foram prestados por colegas de trabalho do pai, na época, e que eles relataram o clima de animosidade entre Maurício Sampaio e o radialista, que se desencadeou por causa de críticas contra a diretoria do Altético-GO, do qual Sampaio fazia parte. Por fim, o advogado alegou que o conteúdo comprobatório que está nos autos foi mostrado a contento, e que nesta terça-feira vão ser ouvidas algumas testemunhas de defesa. "Esperamos que corra o mais rápido possível", finalizou. O advogado Ricardo Naves defende os réus Maurício Sampaio, Urbano, Ademá e Djalma. Ele disse que acredita na inocência dos clientes, que será provada durante o julgamento. Para o advogado, várias pessoas poderiam ter algum tipo de motivação para cometer o crime que tirou a vida do radialista. "Todos nós sabemos que ele (Valério Luiz) era agressivo e ia no âmago da sensibilidade da pessoa, então é difícil saber", pontuou. Naves concluiu afirmando que a defesa dos réus tem elementos de convicção, que podem "eliminar a possibilidade de envolvimento de qualquer um deles no episódio". A defesa de Marcus Vinícius é feita pelo advogado Rogério Rodrigues de Paula, que acredita na absolvição do cliente. "Ele falará a verdade no interrogatório perante os jurados", pontuou. O réu será interrogado por videoconferência, segundo o advogado, já que ele está morando em Portugal. Todos os réus respondem em liberdade.