Sábado, 23 de
Novembro de 2024
Direito & Justiça

Investigação

Ex-jogador do Vila Nova é investigado por participar de esquema que fraudava resultados de jogos

O Vila, que foi denunciante do esquema, disse que colabora com investigação

Foto: Divulgação/Vila Nova
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Ex-jogador do Vila Nova Romário, em Goiânia, Goiás

14 fevereiro, 2023

Ex-jogador do Vila Nova, o meia Marcos Vinicius Alves Barreira, mais conhecido como Romário, é um dos investigados por participar de um esquema que fraudava resultados de jogos da Série B do Campeonato. A informação foi dada por uma fonte do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), que deflagrou a operação, à TV Anhanguera. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu localizar a defesa de Romário para que se posicione. Em nota, o Vila Nova Futebol Clube disse que auxilia na investigação, "na condição de denunciante". A operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (14/2) pelo MP, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol (GFUT). O Tigrão disse ainda que aguarda a manifestação do MP-GO com mais informações e "ressalta seu papel colaborativo e o compromisso com valores éticos, morais e de lisura que são princípios do clube e do esporte".

Operação do MP
O Ministério Público disse que o objetivo do esquema, que também teria a participação de outros jogadores de futebol, era influenciar apostas esportivas de altos valores. O MP disse que há indícios de que o grupo atuou em pelo menos três jogos da série B no final de 2022. Os investigados teriam movimentando mais de R$ 600 mil reais.  Os nomes dos outros alvos da operação, batizada de Penalidade Máxima, não foram divulgados e, com isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização dessa reportagem. Além de Goiânia, são cumpridos um mandado de prisão e nove mandados de busca e apreensão em São João del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ). A investigação apontou que o grupo convencia atletas a manipular resultados nas partidas por meio de ações como fazer pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras táticas. Em troca, os jogadores receberiam parte dos prêmios de apostas feitas. A estimativa é que cada envolvido tenha recebido R$ 150 mil por aposta.