A defesa do governador afastado Mauro Carlesse (PSL) apresentou nesta segunda-feira (14/2) os argumentos para tentar barrar o prosseguimento do processo de impeachment aberto contra ele na Assembleia Legislativa. Os documentos foram protocolados pelo advogado que representa Carlesse no caso, Juvenal Klayber, na sede da AL durante a tarde. A apresentação dos documentos foi feita um dia antes do fim do prazo. Ainda não foi divulgado o teor do que foi protocolado. Agora o relator do processo, deputado Júnior Geo (PROS), terá 10 dias para analisar a documentação e elaborar um parecer recomendando o prosseguimento ou arquivamento do caso. Ele vai apresentar o relatório com este parecer aos outros quatro membros da comissão especial do impeachment e para ser aprovado o relatório precisa de pelo menos três votos favoráveis. Se o parecer for pela continuidade da denúncia e a comissão aprovar o prosseguimento, o caso irá para votação no plenário da Assembleia Legislativa. O pedido de impeachment é baseado nos inquéritos que levaram ao afastamento do governador pelo Superior Tribunal de Justiça. Carlesse é considerado suspeito em duas operações da Polícia Federal que ocorreram simultaneamente. Uma delas é para a apuração de um suposto esquema de propinas relacionado ao plano de saúde dos servidores públicos, na época chamado de PlanSaúde. A segunda operação investiga suposta interferência do governador em investigações da Polícia Civil que poderiam prejudicar aliados e o próprio governo. O prazo do afastamento do governador termina em abril, mas pode ser revisto pela Justiça caso o STJ avalie que é necessário. Por enquanto, o Governo do Tocantins segue sendo exercido pelo vice-governador, Wanderlei Barbosa (Sem partido).
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