Sábado, 23 de
Novembro de 2024
Brasília

Horror

Wanderlei Barbosa participa de reunião entre governadores e o presidente Lula após terrorismo em Brasília: 'Cenário de horror'

Governador do Tocantins colocou 35 homens à disposição para reforçar a segurança no DF. Ele destacou a necessidade de reconstruir o que foi destruído e fortalecer a democracia brasileira

Foto: Governo do Tocantins/Divulgação
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Governador Wanderlei Barbosa participou de reunião em Brasília

10 janeiro, 2023

Wanderlei Barbosa (Republicanos) participou na noite de segunda-feira (9/1) da reunião com o presidente Lula (PT), em Brasília. Estavam presentes governadores ou representantes de todos os 26 estados e do Distrito Federal. O encontro foi convocado após bolsonaristas radicais invadirem e depredarem o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto em Brasília (DF) no domingo (8). A Frente Nacional de Prefeitos também participou. Wanderlei, que apoiou o ex-presidente Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, gravou um vídeo comentando o “cenário de horror” que presenciou em Brasília. “Nós finalizamos agora a pouco junto com todos os governadores do Brasil, o presidente da República, os chefes dos poderes legislativo e judiciário. O que nós vimos aqui foi um cenário de horror, onde a nossa história, a nossa soberania foi literalmente atacada. Nós queremos ser solidários com a democracia brasileira e por isso nós viemos a Brasília, para junto, com todos os governadores o presidente da República, trabalharmos pela reconstrução do que foi destruído e principalmente para edificação total da nossa democracia, o mais importante bem do povo brasileiro”, afirmou. Na segunda-feira (9/1) o governador colocou 35 homens à disposição para reforçar a segurança em Brasília. São 30 policiais militares da tropa de choque e cinco agentes da inteligência da Polícia Civil. Além disto, a Controladoria-Geral do Estado abriu um procedimento para apurar a possível participação de servidores estaduais no ataque a Brasília. Durante o encontro o presidente Lula também discursou. Ele ressaltou a importância da presença de representantes de todos os estados, fez uma defesa enfática da democracia e disse que haverá apuração e punição de todos os responsáveis pelos atos golpistas. 

Município
Também nesta segunda-feira (9/1), a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) determinou apuração sobre servidores públicos municipais que participaram dos atos golpistas e que publicaram fotos nas redes sociais. Entre os servidores que participaram está Yette Santos Soares Nogueira, ex-candidata a deputada federal. Ela postou fotos e vídeos na Praça dos Três Poderes e na Esplanada, inclusive usando uma máscara de gás. Não há imagens dela danificando o patrimônio público. Em um relato nas redes sociais ela disse que agiu de acordo com sua liberdade de expressão e tem participado dos atos de forma "patriótica" durante os finais de semana e férias. Imagens publicadas na rede social também mostram a participação de outra servidora pública nos atos: Janne Mota Magalhães. Ela é professora efetiva da Secretaria Municipal de Educação, com salário de R$ 3,2 mil por mês. O g1 ainda não conseguiu contato com ela.

Entenda
Bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, no  domingo (8/1), após entrar em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras e depredaram os prédios dos três poderes da República até batalhões da polícia retomarem a Esplanada e a Praça dos Três Poderes em Brasília.Durante a tarde o presidente Lula (PT) decretou intervenção federal na segurança do Distrito Federal. A intervenção está prevista para durar até o dia 31 de janeiro. Lula deu uma coletiva para falar do decreto em Araraquara, no interior de São Paulo, para onde viajou no início da manhã para ver efeitos das intensas chuvas na cidade. O presidente determinou que o ataque terrorista seja apurado para que se chegue a quem financiou e coordenou os ataques.