Sábado, 11 de
Maio de 2024
Brasília

Disparos de conteúdos

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manda operadoras informarem se empresas fizeram disparo em massa em rede social

Corregedor também quer saber se aplicativo bloqueou contas no período eleitoral. Informações servirão para julgamento de ações que pedem cassação da chapa Bolsonaro-Mourão

Foto: Divulgação
post
o ex-corregedor Jorge Mussi mandou as operadoras Vivo, Claro, TIM, Oi, Nextel, Algar e Sercomtel informarem as linhas dos sócios

09 novembro, 2019

Brasília (DF) - O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Og Fernandes, determinou  quinta-feira (7/11) que operadoras de telefonia informem se quatro empresas e seus sócios realizaram disparo de mensagens em massa pelo Whatsapp nas eleições de 2018. As companhias e seus sócios são apontados por suposta atuação em benefício da campanha de Jair Bolsonaro. Fernandes também pediu esclarecimentos ao WhatsApp sobre se o aplicativo de mensagens adotou medidas para bloqueio de contas de 14 de agosto a 28 de outubro de 2018.

As informações foram divulgadas pelo TSE

No mês passado, o ex-corregedor Jorge Mussi mandou as operadoras Vivo, Claro, TIM, Oi, Nextel, Algar e Sercomtel informarem as linhas dos sócios e das empresas Quick Mobile Desenvolvimento e Serviços, Yacows Desenvolvimento de Software, Croc Services Soluções de Informática e SMSmarket Soluções Inteligentes. As companhias Nextel e Sercomtel informaram que os envolvidos não tinham linhas. Og Fernandes, que assumiu a Corregedoria no fim de outubro, quer saber das outras empresas que localizaram linhas – Vivo, Claro, TIM, Oi e Algar – se houve disparo em massa, e se o Whatsapp bloqueou essas linhas e por qual razão. A decisão foi tomada no âmbito da ação apresentada pelo PDT e pelo Avante em que pedem a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão. O pedido de cassação é por suposto abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. A ação se baseia em reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", publicada em outubro do ano passado, e que apontou que as quatro empresas empresas foram contratadas por apoiadores da campanha de Bolsonaro para disparos em massa de mensagens contra o PT. Durante a ação, os autores pediram coleta de depoimentos e quebra de sigilos, mas os pleitos foram negados por se basearem apenas em notícia de jornal. A Procuradoria Geral Eleitoral opinou contra os pedidos por "fragilidade" das provas apresentadas.