Sexta-feira, 22 de
Novembro de 2024
Brasília

Justiça

Quem é o primeiro goiano condenado pelo STF por participar dos atos golpistas em Brasília

Segundo a Polícia Federal, foram encontrados vídeos de Marcelo Lopes do Carmo nos locais depredados

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Marcelo Lopes do Carmo, goiano condenado por ato terrorista em Brasília —DF

19 outubro, 2023

O morador de Aparecida de Goiânia Marcelo Lopes do Carmo, de 39 anos, foi o primeiro goiano condenado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por participar da invasão e depredação do Palácio do Planalto durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. Segundo o processo, ele tinha provas da participação dele nas ações guardadas no celular. Em depoimento, Marcelo afirmou que "o objetivo da manifestação é a não concordância com o resultado das eleições". A advogada Taniéli Telles de Camargo Padoan disse que Marcelo não depredou, não incitou depredação e que foi preso apenas com um celular e uma barraca emprestada. “Ele veio de Aparecida de Goiânia no sábado com essa barraca emprestada, dormiu de sábado para domingo e foi para a manifestação com a barraca para, no final da tarde, após as manifestações, voltar para casa, pois trabalhava na segunda”, disse a advogada. Ela explicou que aguarda a publicação da decisão para entrar com um recurso, inclusive para tribunais internacionais. Segundo a Polícia Federal, Marcelo Lopes tinha vídeos e fotos dele dentro dos locais durante a depredação. Ele foi preso ainda no Palácio do Planalto. Nas redes sociais, Marcelo postava vídeos com mensagens políticas e críticas à chamada "ideologia de gênero". Um dia antes dos atos golpistas, ele anunciou que um ônibus estava saindo em direção a Brasília a um custo de R$ 20. Já no dia das invasões, publicou vídeos dentro do Palácio de Planalto junto dos invasores e também quando as forças de segurança começaram a conter os atos de depredação. O julgamento foi concluído na noite de terça-feira (17/10). A pena de Marcelo Lopes não foi divulgada pelo Supremo Tribunal Federal até as 10 horas desta quinta-feira (19/10).