Lula voltou a tratar Flávio Dino como “comunista” em público, mas, desta vez, atribuiu a alcunha à “extrema-direita”. Foi durante a reunião ministerial desta quarta-feira (20/12). da qual o petista disse que reservaria um pedaço para seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) falar. Dino ainda atua como ministro da Justiça — até 8 de janeiro, segundo anunciou Lula — e só deve assumir seu posto no STF no dia 22 de fevereiro de 2024. “Obviamente que vai ter uma fala especial do nosso querido Flávio Dino, que foi eleito ministro da Suprema Corte desta país. Segundo a extrema-direita, foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Corte. E eu espero que seja um comunista do bem, que tenha amor, carinho e, sobretudo, que seja justo, porque ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica”, disse Lula, sem descrever o que exatamente seria um “comunista do bem”. Lula celebrou a aprovação de Dino pelo Senado, após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na semana passada, diante de uma plateia de apoiadores na sexta-feira, 15, na abertura da 4ª Conferência Nacional de Juventude, desta forma:“Vocês não sabem como eu estou feliz hoje. Pela primeira vez, na história deste país, nós conseguimos colocar na Suprema Corte deste país um ministro comunista, um companheiro da qualidade do Flávio Dino.” Nesta quarta-feira, o petista Lula tomou o cuidado de atribuir a alcunha de comunista a seus adversários. Lula disse ainda que Dino “não pode trair seu compromisso com o povo brasileiro e o compromisso com a verdade”. “Um ministro da Suprema Corte não tem que ficar dando entrevista, não tem que ficar dando palpite sobre o voto. Ele fala nos autos do processo”, lecionou o presidente. Lula finalizou dizendo que está confiante de que Dino será “motivo de orgulho” para o país e explicando por que Dino ficará no Ministério até o dia 8 de janeiro. “Estamos convidando um ato para lembrar a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro”, disse o petista, cobrando a presença dos ministros.