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Recado

'Não é Bolsonaro que tem que ter medo de ser preso', diz Michelle

Ex-primeira-dama participou de cerimônia de posse de parlamentares

Foto: AP Photo/Marcelo Chello
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Michelle Bolsonaro (à esquerda) participa de cerimônia de posse de senadores e diz que não é o ex-presidente Jair Bolsonaro, marido dela, que deve ter medo de ser preso

01 fevereiro, 2023

Para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, não é o marido dela, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quem deve temer uma possível prisão. A declaração foi feita por ela nesta quarta-feira (1º/2) na cerimônia de posse e de eleição do presidente do Senado. Questionada pelo colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, se Bolsonaro não voltou ainda para o país por medo de ser preso, ela respondeu apenas que "Não é ele que tem de ter medo de prisão". Quando o colunista insistiu, ela disse apenas: "você sabe", e entrou para o plenário. Michelle está no Brasil desde a semana passada, quando retornou para Brasília (DF) sem o ex-mandatário. Os dois haviam deixado o país no dia 30 de dezembro, um dia antes do fim do mandato presidencial dele. Bolsonaro continua hospedado em Orlando, nos EUA. Nesta terça-feira (31/1), à noite, ele participou de um evento pago, promovido por apoiadores, onde fez discurso em tom golpista e descartou aposentadoria da política. Após os ataques às sedes dos Três Poderes, centenas de apoiadores do ex-mandatário foram presos e o nome dele foi incluído no inquérito que investiga as responsabilidades sobre os atos golpistas.

Michelle vai trabalhar no PL
De acordo com informações de Igor Gadelha, Michelle assume ainda nesta semana a presidência do PL Mulher. O cargo foi oferecido a ela após o Partido Liberal retirar a proposta de bancar o aluguel de uma casa para o casal, em Brasília. Na posição, a ex-primeira-dama deverá receber salário mensal equivalente ao de deputados federais e senadores, na casa dos R$ 39,2 mil brutos. Além do salário, ela deve ter uma sala na sede do partido. Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, já disse que ela pode ser a candidata à presidência pelo partido em 2026, caso Bolsonaro torne-se inelegível.