Sábado, 23 de
Novembro de 2024
Brasília

Justiça

Moraes nega pedido de Bolsonaro e mantém depoimento para quinta-feira

Alvo da Operação Tempus Veritatis, ex-presidente havia pedido para não comparecer à sede da Polícia Federal

Reprodução: Flipar
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que vai ficar calado no depoimento à PF

20 fevereiro, 2024

O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF) , negou o pedido da defesa de  Jair Bolsonaro (PL) para não depor nesta quinta-feira (22/2), na sede da Polícia Federal (PF) . Mais cedo, em petição enviada ao relator do caso, o ex-chefe do Executivo também havia informado que ele se manteria em silêncio. Na decisão, Alexandre de Moraes afirma que a defesa já teve "acesso integral à todas as diligências e provas reunidas aos autos" e que "não há motivos para qualquer adiamento do depoimento marcado pela Polícia Federal para o dia 22 de fevereiro próximo". Bolsonaro foi intimado pela Polícia Federal após os desdobramenos da Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de um golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de outubro de 2022. Ao cumprir mandados de busca e apreensão, a PF encontrou uma minuta golpista dentro do gabinete do ex-presidente, na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília (DF). Nesta segunda-feira (19/2), o ministro Alexandre de Moraes já havia negado um pedido da defesa de Bolsonaro para adiar o depoimento. O ex-presidente fez a solicitação alegando que não tinha acesso à integra dos autos da investigação. Moraes, porém, declarou que não há qualquer tipo de impedimento para a realização do depoimento. "Inexiste qualquer óbice para a manutenção da data agendada para o interrogatório uma vez que aos advogados do investigado foi deferido integral acesso aos autos", pontuou.

Aliados de Bolsonaro na mira
Fora o ex-presidente da República, a Polícia Federal também intimiou Valdemar da Costa Neto (presidente do PL), o ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Braga Neto, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Todos são investigados por tentar anular o resultado das eleções de 2022 e manter Bolsonaro no poder do Executivo.