Segunda-feira, 25 de
Novembro de 2024
Brasília

Cobrança

Moraes cobra explicações sobre morte de preso na Papuda

Cleriston Pereira da Cunha estava detido por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele chegou a ser socorrido, mas não sobreviveu

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Alexandre de Moraes, determinou que a direção da unidade prisional preste informações sobre a morte do réu Cleriston Pereira da Cunha, em caráter de urgência

20 novembro, 2023

Ao tomar conhecimento do óbito de Cleriston Pereira da Cunha, que estava detido no presídio da Papuda, em Brasília, pelos atos golpistas de 8 de janeiro, o presidente do Tribunal Superior Eleitorial (TSE), Alexandre de Moraes, determinou que a direção da unidade prisional preste informações sobre o caso, em caráter de urgência. "Tendo em vista a notícia sobre o falecimento do réu Cleriston Pereira da Cunha oficie-se, com urgência, à direção do Centro de Detenção Provisória II, requisitando-se informações detalhadas sobre o fato, inclusive com cópia do prontuário médico e relatório médico dos atendimentos recebidos pelo interno durante a custódia", decidiu Moraes.

Mal súbito

Cleriston Pereira da Cunha teve um mal súbito durante o banho de sol, nas dependências da Penitenciária da Papuda, na manhã desta segunda-feira (20/11), segundo a administração do presídio. Equipes dos bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas para socorrer o detento. Os socorristas realizaram procedimento de reanimação cardiorrespiratória, mas o preso não sobreviveu.  Segundo a defesa, o acusado não participou dos atos e entrou no Congresso para se proteger das bombas de gás que foram lançadas pelos policiais que reprimiram os atos. Em petição encaminhada a Moraes em 7 de novembro, a defesa pediu a Moraes a soltura do acusado. Segundo o advogado Bruno Azevedo de Sousa, Cleriston tinha parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser solto, mas o pedido não foi julgado. "A defesa reitera todos os argumentos apresentados nas alegações finais, e reitera para que sejam analisados os mais de oito pedidos de liberdade do acusado, que até o presente momento, parecem ter sido simplesmente esquecidos por esta respeitosa Corte", afirmou o defensor.