Brasília (DF) - A eleição municipal é só em outubro. Mas, acredite, em tempos de novo coronavírus, já começa um ruído sobre a eventualidade de adiar o pleito. A coluna procurou o ministro Luís Roberto Barroso, a quem caberá, no TSE, presidir a eleição. Para ele, a ideia de prorrogação de mandatos dos prefeitos e dos vereadores é aterradora e deve ser evitada até o limite: “A realização de eleições é um rito vital para a democracia. Só se pode cogitar adiá-las diante da existência de uma dificuldade intransponível”. Ele lembra que estamos em março. “As convenções partidárias e o início da campanha são em agosto. As eleições, em outubro”. É razoável esperar que nesse espaço de tempo a situação já esteja controlada. Ou seja: é muito cedo para se especular sobre adiamento. E mais: “É sempre bom lembrar que boa parte das coisas que tememos nessa vida não acontecem”.
Só que…
O ministro Barroso, indagado, insistiu:
— É certo, porém, que a saúde da população deve estar acima de tudo. Se houver risco real para as pessoas, as alternativas serão consideradas. Mas tudo deve ser feito para que os eleitos possam tomar posse ao fim do mandato dos atuais ocupantes dos cargos. Porém, ao contrário do que pensa o ministro Barroso, existe uma movimentação no Congresso Nacional em Brasília (DF), no sentido de discutir as prorrogações dos mandatos. Vários senadores e deputados federais, já se manifestaram a favor da discussão sobre as prorrogações dos mandatos dos prefeitos e dos vereadores, em decorrência da pandemia do coronavírus que a cada dia, contamina mais pessoas e aumento o número de óbitos no Brasil.
Fonte: O Globo / Poptvnews