O YouTube deletou no início dessa semana um vídeo do canal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por infração às regras da plataforma. Nele, o chefe do Executivo pregava a favor do tratamento precoce para a Covid-19. A peça em questão foi a live presidencial do dia 14 de janeiro deste ano. Nela, Bolsonaro defendeu por diversas vezes o uso de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, entre outros, no combate ao coronavírus, além de questionar a utilização de máscaras e as medidas de isolamento. O YouTube não especificou os motivos que levaram à exclusão do vídeo, mas a Agência Lupa mostrou, na época, que diversas das informações divulgadas pelo presidente eram falsas. O próprio Bolsonaro já havia deletado vídeos de seu canal na plataforma há dois anos, nos quais Olavo de Carvalho aparecia atacando os militares. Esta, porém, é a primeira vez que o site tira do ar uma filmagem publicada pelo presidente. nAo longo da crise da Covid-19 no Brasil, Bolsonaro mudou de opinião, por exemplo, sobre a vacinação. No entanto, manteve-se inflexível em relação aos ataques ao lockdown e à defesa do tratamento precoce, mesmo sem a recomendação dos órgãos especializados.
Anvisa liberou uso emergencial de "coquetel"
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na terça-feira (20/4) o uso emergencial de dois medicamentos feitos com anticorpos para uso contra a Covid-19 em caso de pessoas que estejam com sintomas leves ou moderados, mas que tenham risco de progredir para formas graves da doença. Os dois medicamentos, casirivimabe e imdevimabe, do laboratório Roche, não serão vendidos em farmácia e só poderão ser aplicados em hospital, em pacientes acima de 10 anos e 40 quilos de peso. De acordo com a Anvisa, os medicamentos são feitos a base de anticorpos monoclonais. Ou seja, proteínas feitas em laboratórios e que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater elementos nocivos à saúde - nesse caso, contra a proteína central do coronavírus causador da Covid-19.