O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (24/7) que se estivesse coordenando o combate à pandemia, o país teria registrado menos mortes. Em seguida, Bolsonaro fez novamente a defesa do tratamento precoce, que é comprovadamente ineficaz contra a Covid-19. " Se eu estivesse coordenando a pandemia não teria morrido tanta gente. Você fala de tratamento inicial. A obrigação do médico, em algo que ele desconhece, é buscar amenizar o sofrimento da pessoa e o tratamento off label", disse o presidente. Apesar de não mencionar, o presidente fez referência a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do início da pandemia que possibilitou que estados e municípios decretassem medidas de combate à Covid-19. No entanto, ministros da corte e o próprio STF já esclareceram mais de uma vez que essa decisão não retirava responsabilidade do governo federal. Mesmo assim, Bolsonaro vem insistindo que não teve poderes para atuar durante a pandemia. Na mesma fala que fez para apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a atacar as vacinas e ressaltou os possíveis efeitos colaterais nas pessoas vacinadas. " Agora qual país do mundo faz acompanhamento de quem tomou vacina? Tem gente que está sofrendo efeito colateral, o que está acontecendo? A Coronavac ainda é experimental e tem gente que quer tornar obrigatória", disse. Todas as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil, inclusive a Coronavac, tiveram a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e são consideradas seguras e eficazes contra a Covid-19. Bolsonaro ainda criticou a decisão do TST-SP que validou a demissão por justa causa de uma auxiliar de limpeza que se recusou a tomar vacina. " Tem juiz do trabalho que tá aceitando demissão por justa causa a quem não quer tomar vacina. Eu falei ano passado, que no que depender de mim a vacina é facultativa, me acusam de negacionista", afirmou.
Fontes: O GLOBO / www.poptvnews.com.br