Sexta-feira, 20 de
Setembro de 2024
Brasil

Economia

Reajuste da gasolina ainda não foi definido, diz presidente da Petrobras

Estatal está há 50 dias sem realizar reajuste nos valores de venda de combustíveis

Photo by Fabio Teixeira/Anadolu Agency via Getty Images
post
Preço da gasolina e do diesel no Brasil deveria estar 25% mais caro devido à guerra na Ucrânia

03 março, 2022

O general Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, afirmou que ainda não há uma definição sobre quando sairá e quanto será o reajuste no preço de venda dos combustíveis. No momento, especialistas apontam que há uma defasagem de 25% entre os preços dos combustíveis praticados pela estatal e os praticados no mercado internacional. Investidores alegam que a Petrobras deveria manter sua política de preços, que atrela o preço de venda do petróleo para o mercado interno àquele praticado no mercado externo, ao invés de se submeter aos desejos do governo federal de reduzir o preço da gasolina estável. A estatal se encontra hoje há 50 dias sem realizar um reajuste nos preços dos combustíveis. Com as escalações do conflito na Ucrânia, o preço do barril de petróleo voltou a subir nos mercados internacionais, chegando a mais de US$ 110, elevando ainda mais a defasagem nos preços. Para Silva e Luna, no entanto, os reajustes devem ser feitos com calma e estudo, e o momento do mercado é de muitas "incertezas", disse ele à Reuters. De acordo com Sergio Araujo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), para seguir à risca a política de preços da companhia, o litro do diesel vendido aos postos deveria aumentar em R$ 1,11, enquanto a gasolina deveria sofrer um reajuste de R$ 0,87. Silva e Luna também afirmou que a empresa está monitorando o cenário internacional e as consequências do conflito armado entre as duas nações europeias. Entretanto, a queda recente da taxa cambial do dólar ajudou a balancear o aumento no preço do barril.