O general Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, afirmou que ainda não há uma definição sobre quando sairá e quanto será o reajuste no preço de venda dos combustíveis. No momento, especialistas apontam que há uma defasagem de 25% entre os preços dos combustíveis praticados pela estatal e os praticados no mercado internacional. Investidores alegam que a Petrobras deveria manter sua política de preços, que atrela o preço de venda do petróleo para o mercado interno àquele praticado no mercado externo, ao invés de se submeter aos desejos do governo federal de reduzir o preço da gasolina estável. A estatal se encontra hoje há 50 dias sem realizar um reajuste nos preços dos combustíveis. Com as escalações do conflito na Ucrânia, o preço do barril de petróleo voltou a subir nos mercados internacionais, chegando a mais de US$ 110, elevando ainda mais a defasagem nos preços. Para Silva e Luna, no entanto, os reajustes devem ser feitos com calma e estudo, e o momento do mercado é de muitas "incertezas", disse ele à Reuters. De acordo com Sergio Araujo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), para seguir à risca a política de preços da companhia, o litro do diesel vendido aos postos deveria aumentar em R$ 1,11, enquanto a gasolina deveria sofrer um reajuste de R$ 0,87. Silva e Luna também afirmou que a empresa está monitorando o cenário internacional e as consequências do conflito armado entre as duas nações europeias. Entretanto, a queda recente da taxa cambial do dólar ajudou a balancear o aumento no preço do barril.
Brasil