Assim que Sergio Moro colocou seu nome na disputa presidencial, vários atores políticos começaram a plantar na imprensa amiga que a candidatura não era para valer e que ele acabaria saindo para o Senado. Recentemente, passaram a dizer que o ex-juiz só conseguirá se eleger deputado federal. Fazer piada com isso só revela falta de visão política. Se Moro não chegar aos 15% até as convenções de julho, pode ser, sim, uma boa ele disputar uma vaga na Câmara. Certamente, será o deputado mais votado do país. Com as alianças certas, tem chance de virar polo de atração da oposição e, quem sabe, até suceder Arthur Lira no comando da Casa. Tudo o que o Brasil precisará, num eventual governo Lula, é de um Congresso forte, capaz de resistir à sanha revanchista e autoritária do petismo. Uma boa condução dos trabalhos legislativos também tende a afastar a interferência nociva do Judiciário, ajudando a restabelecer o equilíbrio constitucional entre os Poderes.
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